Eu não entendo o conceito de sonho. Sonho que é definido como uma representação feita pelo subconsciente revelando informações que o cérebro gostaria de apagar para que não interfira no "equilibrio" da sua mente. O cérebro não consegue apagar. Só mascarar. E isso se reflete em um sentimento quando você está acortadado? Não sei dizer com certeza, mas creio que sim.
Você acordar um dia sem se lembrar se sonhou ou não. Sem se dar conta de que você quis esquecer algo e não ter esquecido. Algo feito anteriormente no momento em que você mantinha o foco em esquecer. E mesmo assim, mais tarde ser exposto quando você deixasse uma memória sua em evidência através de um sonho que você nem se lembra de ter sonhado, acabando sendo refletido em atos, sentimentos. Estranho pensar nisso.
Você acorda e não sonhou nada, só sente que descançou e levanta da sua cama para cansar-se e novamente vir a querer dormir. Um ciclo mecânico e entediante em que você se assusta com pensamentos repentinos sobre outra pessoa por não saber a origem deles. Alguém que você achou que esqueceu ou alguém que você acaba de conhecer. De repente é uma das pessoas transitando em seus pensamentos e você nomeia isso como momento de nostalgia, saudade. Eu nomenio de "onde eu quero voltar".
Eu acredito que eu sonhe todas as noites e uma das máscaras do meu cérebro seja fazer eu esquecer o sonho. Fazendo eu crer que nem mesmo sonhei. Mas eu sinto falta de certos momentos. Momentos em que eu queria voltar, não mudaria nada... só gostaria de revivê-lo. Não por saudade. Apenas para sentir que há como eu voltar a aquele momento e vivê-lo novamente só para ver se aconteceu de verdade. Não importa se for somente dentro da minha cabeça, muito menos se eu não lembrar do sonho. Só o sentimento me interessa.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
Conclusão de um sentimento.
Essa é uma carta escrita por dois amigos. Aqui está o depoimento de duas pessoas que se apaixonaram, mas estiveram privadas de amar ou viver suas distintas paixões. O louco e o encarcerado. Dois amigos que mantiveram um laço de amizade pelo fato de morrerem apaixonados cada um por uma mulher. Uma que não voltou. E a carta dizia assim:
“Bom, eu gostaria de ir direto ao ponto. Escrevo por mim e por meu amigo esta carta. E nós dois não acreditamos que nossas vidas foram levadas em vão. Nós acreditamos em todos os sinais de que elas sentiam algo por nós e estávamos certos. Porém, atrasados.
O caso é que ambas disseram que não havia como nós ficarmos juntos, pois a distância física não supria a sentimental. Isso que acabou conosco. Porém, elas nos falaram para seguirmos com nossas vidas e nós tentamos. Eu aprendi a não mais chorar e meu amigo deixou sua cela e voltou a viver com a liberdade há tanto tempo esquecida por ele. Não adiantou.
Nós morremos sentimentalmente em um domingo. E fomos enterrados poucos dias depois. A morte não foi dolorosa. Foi tranquila, pacífica. O motivo da nossa morte foi não conseguir deixar de acreditar no que nos foi negado pelo destino. Parar e se manter parado nos faz morrer mais rápido. E nós só descobrimos quando estávamos sentindo que não havia mais volta.
Fisicamente perfeitos, mas sentimentalmente despedaçados. Nós sentimos falta de cada segundo com elas. E é isso que nos resta. Saudade e esperança. Tê-las de volta já está fora de questão.
Seguir em frente não faz sentido quando se quer dar meia volta e reaprender a andar para conseguir seguir o ritmo diferente para poder estar com elas. Mas o caminho que trilhamos não tem volta. Uma pena."
E assim foi escrito em uma carta que nunca foi enviada. Que foi mantida em um local de fácil acesso para as moças. Que talvez nunca seja lida ou acabe sendo lida mais de uma vez. Não se sabe ao certo.
O que foi feito dos dois homens? O louco se mantém ocupado lendo livros para que não volte a chorar e o encarcerado não se mantém dentro de casa para não ter tempo de lembrar dos tempos que tiveram juntos.
Levam uma vida normal. São pessoas saudáveis. Eternos apaixonados. Eternamente estilhaçados.
“Bom, eu gostaria de ir direto ao ponto. Escrevo por mim e por meu amigo esta carta. E nós dois não acreditamos que nossas vidas foram levadas em vão. Nós acreditamos em todos os sinais de que elas sentiam algo por nós e estávamos certos. Porém, atrasados.
O caso é que ambas disseram que não havia como nós ficarmos juntos, pois a distância física não supria a sentimental. Isso que acabou conosco. Porém, elas nos falaram para seguirmos com nossas vidas e nós tentamos. Eu aprendi a não mais chorar e meu amigo deixou sua cela e voltou a viver com a liberdade há tanto tempo esquecida por ele. Não adiantou.
Nós morremos sentimentalmente em um domingo. E fomos enterrados poucos dias depois. A morte não foi dolorosa. Foi tranquila, pacífica. O motivo da nossa morte foi não conseguir deixar de acreditar no que nos foi negado pelo destino. Parar e se manter parado nos faz morrer mais rápido. E nós só descobrimos quando estávamos sentindo que não havia mais volta.
Fisicamente perfeitos, mas sentimentalmente despedaçados. Nós sentimos falta de cada segundo com elas. E é isso que nos resta. Saudade e esperança. Tê-las de volta já está fora de questão.
Seguir em frente não faz sentido quando se quer dar meia volta e reaprender a andar para conseguir seguir o ritmo diferente para poder estar com elas. Mas o caminho que trilhamos não tem volta. Uma pena."
E assim foi escrito em uma carta que nunca foi enviada. Que foi mantida em um local de fácil acesso para as moças. Que talvez nunca seja lida ou acabe sendo lida mais de uma vez. Não se sabe ao certo.
O que foi feito dos dois homens? O louco se mantém ocupado lendo livros para que não volte a chorar e o encarcerado não se mantém dentro de casa para não ter tempo de lembrar dos tempos que tiveram juntos.
Levam uma vida normal. São pessoas saudáveis. Eternos apaixonados. Eternamente estilhaçados.
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