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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Muitos clichês para uma conversa?

Dois amigos conversando numa mesa de bar. Não, eles não estavam tão bêbados quando você imaginou. E nem estavam lá sentados bebendo para que pudesse haver aquele desabafo ajudado pelo álcool. Seria clichê demais. Nada com lágrimas e arrependimentos. Só aquela história de quem já sente falta de algo que perdeu...

-É, rapaz... A gente terminou de vez mesmo. Não tem volta. E eu que fiquei na fossa.


-E por que teve que ser assim, tão de repente?


-Também não entendi, só sei que terminou.


-Mas me conta essa história desde o começo que eu quero ver se entendo.


-Bom, foi mais ou menos assim:
O nosso namoro começou do nada, sabe? Parecia aquela coisa de filme onde nada é por acaso. E dali pra frente só parecia melhorar. A gente se desentendia uma vez ou outra, mas nada que não desse pra remediar. Ela dizia que precisava de um tempo só dela e a gente acabava voltando um tempo depois.

-Então vocês terminaram mais de uma vez?


-Teoricamente sim, mas era só algo temporário.
Ela disse que nunca teve olhos pra outro quando estávamos "juntos", mesmo que "separados".

-Queria ter tido um dia uma mulher assim. Fiel.


Há uma pausa e os dois se olham com aquele olhar machista e irônico pensando exatamente a mesma coisa. Que não existia tal mulher.

-Mas então, eis que um dia a gente se desentendeu feio e começamos a brigar. Ela disse que a gente tinha que dar um jeito. Teve um momento que ela disse que seria capaz que o término fosse
melhor pra nós dois.
Essa frase eu achei péssima e quase disse que se fosse só melhor pra mim eu estaria satisfeito já que iria acabar mesmo, mas acabei não dizendo porque a situação não era das melhores para uma piadinha.

-Uma coisa que ela sempre dizia que me deixava assim sem poder dizer o que eu queria era quando a gente chegava na casa dela quando você chamava e ela falava: "
não repara na bagunça". A vontade de falar: "relaxa, quem vai viver nesse chiqueiro é você mesmo...". Ou no meu aniversário quando ela me deu um presente e disse "é só uma lembrancinha". Acabava com o momento imediatamente.

-Essas coisas que ela dizia eram realmente revoltantes. Quebrava um clima legal com a maior facilidade, mas era algo que apaixonado eu nem notava. Memo agora não vejo isso com maus olhos.

Mas deixa eu continuar...Ela veio me pedindo ajuda para resolver aqueles problemas que nós estávamos tendo. Eu sugeri milhoes de coisas de diversos tipos diferentes. Não só coisas boas, como também coisas ruins. No final das contas ela disse que o melhor era se fazer era a primeira coisa que eu disse no início da conversa.

Aquela conversa clichê que todo casal já teve pela namorada estar em duvida sobre algo óbvio.
Ao ouvir isso o outro amigo espera um segundo com uma cara de revolta, dá um gole na sua cerveja e diz:


-Nossa, cara! Já entendi porque deu nisso. Porque ela não queria um namorado que batesse nela, não é?

Depois dessa pergunta bem humorada os dois passam um tempo rindo. Até o amigo que contava a história dizer:

- Espera eu chegar no final que você vai acabar saindo daqui e indo na casa dela fazer isso... Eu não entendi bem o motivo dela fazer isso, mas parece que é algo de mulher. A maioria tem isso. Não entendo...

-Espera aí!

O outro interrompe.

-O que você disse para ela que foi a sugestão que ela seguiu? Aquela que foi a primeira que você sugeriu.

-Aí é que está. Não foi bem uma sugestão. Quando falei a primeira frase da conversa ela tinha se decidido e depois de horas falando com ela e dando alternativas ela seguiu logo a que não era alternativa.

-E qual foi?


-Foi só eu dizer "
não é você, sou eu". Pareceu que ao assumir a responsabilidade por aquele certo problema fez ela se revoltar e acabar com tudo.
Mas eu to bem apesar de com saudade. Eu sei que nao fui o primeiro na vida dela, mas parece que fui sabe? É como ganhar uma medalha de prata ou bronze, mas parecer carregar uma de ouro.

-Ao menos você está vendo isso pelo ângulo do copo cheio. Queria ter visto hoje o copo cheio quando fui para a praia e choveu. Fiquei revoltado. Não teve como olhar pelo lado bom.

-Eu tenho que ser otimista nesas horas. E falando em otimismo... por que você não tenta ir para a praia amanhã? Pode não chover.

-Talvez eu vá, mas não sei se o tempo estará bom. Olha o céu.

Os dois olham para o céu e o amigo diz:

-É, meu chapa. Parece que vai chover.

O outro olha para ele e diz:

-Que frase clichê!

Os amigos se olham dão risadas e voltam a conversar.
A noite segue, os copos são enchidos e esvaziados, os amigos se despedem e voltam para casa. Um menos triste com ajuda do outro amigo e do álcool e o outro mais feliz por ajuda do amigo e do álcool.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Um valor que eu sei medir.

Sabe aquela idéia de que nada é suficiente que todos nós acabamos tendo uma hora ou outra? Aquela estúpida idéia que ludibria o nosso pensamento e não nos deixa pensar em algo realmente valioso para nós.
Algumas pessoas não se conformam em ter poucos amigos. Nunca parece que a festa está grande o suficiente e quando essa pessoa junta essa galera enorme que denomina "amigos" e esse pessoal já não cabe em um mesmo lugar por haver uma superlotação o problema não é a quantidade de pessoas nesse lugar que agora é apertado e sim o lugar. Entende onde eu quero chegar? Acaba não sendo suficiente nunca.
É de fato uma sociedade consumista esta onde vivemos, não há como negar isso. Todos adoram gastar e gastar. Nunca é demais ter um casaco aonde faz calor e uma camisa regata onde neva. Não há fronteiras para esse consumismo irracional.
Do mesmo modo que as pessoas fazem isso com roupas, há quem faça com amizades e também com amores. Eu acho estranho ver de um ângulo onde amizades e amores são tratados como tão pouco e sendo, no final das contas, descartável.
Não sei se é por meio da sociedade que nós acabamos regredindo e não mais nos apegamos às amizades e amores. Talvez seja a simples influência dessa vida de consumo desenfreado que deixa tudo descartável ou a facilidade das coisas hoje em dia.
Eu não trataria um amor ou uma amizade dando tão pouco valor e significado. Não me importaria se fosse algo de segunda mão, que viesse com defeitos e arranhões, que eu não gostasse no começo, mas que eu conseguisse manter a idéia de que com o costume seria diferente. Nada disso faria o seu valor ser diminuido ou menosprezado.
Espero somente não acabar perdendo isso com o tempo por qualquer motivo. Eu sei que eu ainda vou me enganar e me equivocar, mas tomara que não seja nada que me faça esquecer desse valor que essas duas palavras remetem ao meu pensamento.
Amizade e amor. Alguém com quem eu sempre posso contar e que sempre poderá contar comigo e alguém que me faz sonhar acordado e que sempre me fará sentir saudade quando não estiver ao alcance de ouvir um "te amo" por eu achar que a distância já é grande demais.
Se você acha que não deveria ser assim eu te pergunto uma coisa.
Você acha que isso é supervalorizar algo tão importante? Se você tiver alguma resposta você não entendeu a pergunta retórica que eu acabei de fazer.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Poucos segundos fazem toda a diferença.

A cada dia que passa parece ser só mais um dia. Uma rotina, um certo número de horas certas para que o relógio volte com o ponteiro para o início marcando o começo de um novo dia.
Poucas coisas variam nos meus dias. As que são mais incomuns acabam me motivando a escrever. Um dia que eu vou para um lugar diferente, vejo algo que eu não conhecia, aprendo algo... Acontece algo de "novo" no meu dia. O estranho é que dessa vez eu não me vi num dia tão diferente assim dos dias rotineiros e monotonos. Foi um dia como outro qualquer.
Acordei atrasado, almocei um almoço que já tinha comido varias vezes, vesti minhas roupas de sempre e saí de casa seguindo o mesmo caminho que eu sempre faço no decorrer da semana. Normal.
Eu a cada passo só pensava como era quando eu era pequeno. Eram aqueles pensamentos aleatórios que se tem ao andar sozinho na rua sem ter fones nos ouvidos com uma música que te agrade. Não esperava que nada me atingisse do modo que atingiu.
Eu estava preocupado em atravessar uma das ruas para poder seguir no meu trajeto e ao atravesá-la me deparei novamente com meus pensamentos aleatórios por um breve momento. Não tinha como pensar em muito mais coisa depois de ter reparado quem vinha na minha direção.
Sabe aquele dia que você acorda e acha que vai ser só mais um dia? Você torce para não ser e para você acabar chegando em casa feliz por algo bom ter acontecido. Não foi bem um dia assim.
Eu acabara de vê-la... ela que foi uma das poucas que me fez querer esquecer de tudo para só poder dar atenção e carinho para ela. Uma das poucas que me fez sentir mais do que um simples sentimento. Ela me fez, de fato, sentir algo.
Dessa vez não foi algo que eu gostei de sentir. Ela vinha na minha direção, mas não por algo que eu pudesse saber. A unica certeza que eu tive é que não era por minha causa, já que ela estava de mãos dadas com um rapaz. E não venha tentar me dar esperanças pensando que eram só amigos. Os dedos entrelaçados e os olhares apaixonados. Algo que nós tivemos e que naquele momento eu vi que morreu.
Parece que esse momento que eu detestei tanto durou uma eternidade. Que eu acabei assistindo por um grande periodo de tempo essa cena. Na realidade não durou mais do que 10 segundos. 10 segundos... Dez. Um periodo de tempo ridiculo comparado a se quer um minuto. E só nesse curto intervalo o meu dia se tornou ruim.
Eu que nunca tinha sentido um ciume de algo que eu não pudesse chamar de meu, de algo que eu depois nem soube se tive. A minha mente se tornou um campo minado enquanto eu pensava cada vez mais em motivos para achar defeitos nela. E eu achei muitos. O ciume me ajudou bastante... Ele soube fazer o seu trabalho.
O estranho é saber que na realidade ela não fez nada e que o vilão da história acabou sendo eu mesmo por não conseguir entender a felicidade dela e de me sentir só mais um depois de ter me sentido um só. É somente uma questão de tristeza. O ciumes veio junto dela e o que eu fiz para piorar foi me deixar levar por ele. Ela merece ser feliz e eu não posso me intrometer, mas não me trate mais com o carinho que você tratava. Em 10 segundos eu vi que agora é ele quem merece.
Estranho me sentir trocado sendo que nem mesmo haveria o que se trocar, uma vez que não existe um "nós". Mas ao menos eu achava que existia "eu" e "você". 10 segundos fizeram dessa esperança uma saudade... Saudade de algo que eu não sei mais se quero que volte.

domingo, 13 de setembro de 2009

Apenas humano.

Sabe quando você pensa em querer dizer algo quen faça a vida de alguém mudar? Nada absurdo, somente algo que faça a pessoa acordar no dia seguinte e ainda se sentir mexida com as palavras que você disse e se sentir motivada a mudar alguma coisa.
Muitas vezes coisas assim são ditas e nós não paramos para escutar. Na maioria delas escutamos, mas levamos tanto tempo digerindo que quando finalmente seguimos aquele concelho espetacular, achamos que nós mesmos chegamos àquela conclusão estupenda.
Eu queria ser alguém que sempre soubesse o que dizer e como dizer. Não viver em situações paralelas que requerem um comportamento diferenciado. Gostaria de ser sempre como eu sou aqui. Falo o que quero do meu jeito.
Parece que sempre que alguém se mostra mais humano é uma mera mentira, novamente. Mais uma máscara colocada num rosto repleto das mesmas. A pessoa que te olha agora por esse ângulo pensa ver uma nova pessoa. De fato vê, mas não acredita estar vendo. Vendo uma pessoa que tem medos, que um dia já chorou e ainda vai chorar, alguém com defeitos e que é tão de carne e osso quanto ela mesma.
Gostaria de sempre poder ser assim com quem eu gosto e respeito, mas não é possível. Não há como me manter tão sentimental em todas as situações. Um dia apaixonado eu talvez possa pelomenos com uma pessoa. Essa pessoa se me fizesse sentir uma paixão que me trouxesse segurança me veria sem nenhuma máscara. Somente como eu descrevo aqui. Humano... nada mais, nada menos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Posso te ligar?

Outro dia assisti um filme que tinha uma história que não me interessava muito, não me lembrava ninguém e que no fim das contas me fez pensar em querer conversar com alguém sobre algo filosófico. Eram 3 horas da manhã quando o filme acabou e ninguém ia querer conversar algo muito profundo comigo. Se é que eu acharia alguém disposto a siquer papear qualquer coisa.
Se eu acordasse um deles porque eu queria conversar algo sem importancia no ponto de visa deles, eu estaria errado. Todos dão a liberdade que se necessário, a procura possa ser feita, mas às 3 horas da manhã só porque eu fiquei inspirado? Não.
Parece até que eu só posso ligar para eles no horário comercial. Engraçado isso. É uma liberdade dada que no final das contas só foi uma imagem criada para parecer legal e ser, de fato, amigável.
Mas não vamos tratar com insensibilidade... Não se trata disso. A questão toda é compreensão. Eu não posso esperar nada de outra pessoa em questão de pouco ou nenhum sono, sem cansaço e coisas do gênero não sendo ele(a). Existem limites.
Mas se não existissem seria tudo bem diferente. Ao menos às 3 horas da manhã eu poderia ligar pra qualquer amigo(a) sem me preocupar em ouvir reclamações do outro lado da linha.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Um dia que eu vi passar.

É engraçado pensar que eu quis fazer esse blog apenas pra recordar coisas que eu senti certo dia, talvez apenas lembrar como foi aquele dia... pelo visto vai acabar ou já acabou se tornando um vício.
Eu não tenho andado pensando em muitas coisas ultimamente, na verdade eu tenho só pensado em tentar ver o tempo passar e deixar os dias me levarem. Os dias têm passado... alguns eu vejo passar outros não.
Ultimamente tem sido difícil ver um dia passar e lembrar dele por algo que marcou. Um desses dias que passou me fez pensar bastante. Não foi um dia que eu poderia chamar totalmente de comum e normal, porque eu saí um pouco do meu normal. A velha história do "jardim do vizinho que parece mais verde".
Foi uma noite engraçada. Uma noite que fez eu perceber uma fraqueza que muitos têm e eu também tenho, mas que não me fez sentir menor ou maior que ninguém.
No fim das contas não foi a fraqueza que me fez pensar. Foi que mesmo fraco eu consegui de um modo repentino um beijo. Pois é... Numa noite que uma das poucas coisas que transitavam na minha cabeça acabariam nisso. E foi um beijo que me surpreendeu.
Não foi bem um beijo que eu esperei que seria. Não senti paixão, não me senti menos fraco ou menos abatido. Na verdade eu não senti nada... só vontade de me viciar mais naquele beijo.
É capaz dos lábios dela nem mesmo tocarem novamente os meus. É algo que eu vou acabar esquecendo com o tempo. De uma questão de oportunidade capaz que acabe numa questão de tempo.
Não vou mentir e dizer que foi um beijo que eu lutei muito para conseguir. Não foi, na verdade. Foi um beijo que eu chamaria de simples. Eu disse que queria e ela me deu... bom, eu não esperava por isso.
Muitos pensam que o que vem fácil vai fácil. Eu prefiro pensar que tudo que aparece de repente faz uma diferença maior, porque só nos surpreendemos quando menos esperamos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Calmaria depois da tempestade?

Eis que uma das tempestades passa e alguns sentimentos ainda se mantém.
O engraçado é que não aparecem simplesmente por aparecer. Eu que acabo os trazendo de volta pra esse lugar, tornando-os "circulares". Acaba sempre do mesmo modo, sem respostas, mas agora isso tem mudado, eu tenho conseguido lidar com isso.
Já não penso nas mil coisas que poderiam ter sido e nas que poderão ser. Tento me manter em um agora só meu. Essa visão individualista que eu sei que acaba com qualquer um parece se tornar cada vez mais forte em mim em momentos em que eu tento pensar em mim.
Se torna meio cansativo ver algumas tempestades bobas se comparando à aquelas que são tão obscuras e fortes. No final de todas elas parece que é sempre a mesma coisa, um sentimento de calma e de segurança repleto de um vazio inexplicável.
Talvez seja só mais um momento de transição. A vida deve ser feita desses momentos, de fato... e eu ainda preciso aprender a enfrentá-los, mas aí só com o tempo.

domingo, 6 de setembro de 2009

Não espere nada de mais.

Bom, eu não sei na realidade se alguém vai ler isso aqui. Na verdade eu não estou preocupado com isso, só queria escrever qualquer coisa aleatória para que talvez alguém acabasse lendo e se identificasse comigo.
Não é uma questão de eu esperar dar a sorte ou o destino trazer. Caguei pra isso. É só pra que se a pessoa ler talvez ela veja que não é só ela assim. É meio dificil conseguir achar alguém assim hoje em dia. Principalmente quando não se acha dentro do grupo de amigos.
Não espere nenhum pedido, não espere eu falar o seu nome por mais que eu escreva algo sobre você. Não vou escrever nada meloso, no máximo apaixonado, mas vai demorar pra isso aparecer por aqui.
E eu já não tenho muito o que falar, eu acabei de acordar e a inspiração só vem quando eu to quase dormindo.