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sábado, 19 de dezembro de 2009

Um conto de fadas sem fadas.

Era uma vez em um reino não muito distante deste onde escrevo este conto onde houve uma história de afeto. Era uma história entre um cavaleiro que não tinha uma grande patente entre uma donzela. Comum e simples. Assim como tantos outros contos.
Depois de uma batalha que havia durado certo tempo um nobre cavaleiro está voltando em seu cavalo para seu reino. É uma grande jornada e é inevitável passar por muitos e muitos reinos no seu trajeto. Ele sabia que por esses reinos se depararia com outras aventuras e talvez conquistas e por mais que quisesse apenas descansar ele não podia.
Certo dia ele se encontrou em um grande reino cercado com muitos castelos. Não havia um castelo principal que teoricamente teria um rei que governasse todos os outros. Haviam vários castelos com poderes iguais. Um reino extenso diferente de todos onde o cavaleiro já havia estado.
Muitos eram os castelos sem reis. Havia castelos com dois reis e duas princesas. Era muito fora da realidade que o cavaleiro conhecia, mas mesmo assim ele continuou seguindo seu caminho em direção ao seu reino. Ele não pretendia parar por motivo algum que não fosse comer ou dormir. Ele não queria perder tempo.
Até que um dia acabou se hospedando em um castelo aonde vivia uma doce donzela. Ela não fez nada e mesmo assim o cavaleiro parecia ter esquecido o que buscava. Ele se deixou levar por apenas um olhar tímido e compenetrado de uma mulher linda. Não era comum. Não havia o que se ver além de uma aparência. Era um cavaleiro diferente dos outros. Não acreditava em matrimônio arranjado e muito menos em apenas prazer carnal. Ele queria algo que fosse além de uma pureza conhecida.
Incrível achar algo indescritível e angelical tão de repente em um reino tão transitado e tão cheio de pessoas diferentes. Foi como ver uma multidão desaparecer e somente restar ela. Aquele anjo que lhe mostrava algo misterioso e puro, que fazia com que o cavaleiro esquecesse a bravura ganha com batalhas e novamente hesitasse. Algo que não sentia há anos.
O cavaleiro sentia vontade todos os dias de conseguir uma desculpa somente para falar com ela, lhe fazer um mero pedido, falar apenas um "bom dia". Até que um dia ela pareceu finalmente querer dar-lhe uma chance. Não parecia ser uma donzela que desacreditasse em amores impossíveis. Muito pelo contrario. Ela agora parecia querer tentar realmente. O que fez isso ficar claro para o cavaleiro foi um beijo. Nada mais que isso.
Beijo que fez o cavaleiro se sentir intimidado. Ele que derrotara generais e comandantes de exércitos sem fim já não se sentia um guerreiro destemido. Sentia-se agora mais humano e menos intocado. O que agora olhava sendo intocado era a linda mulher por quem se apaixonara com um simples beijo.
Depois de um tempo o cavaleiro soube que era um amor realmente impossível. Não por ele, mas por ela não acreditar em algo que a fizesse querer seguir em frente com aquilo. Parecia ser algo muito além dos limites amorosos construídos por ela. E depois disso o que restou a ele foi voltar a seguir o seu caminho.
Ele segue na sua jornada rumo ao seu reino, mas leva consigo um véu de sua amada. Tenta se distanciar ao máximo daquele reino tão diferente dos que conhece. Ele não sabe quando poderá reencontrá-la, mas esquecê-la não faz parte dos planos dele.

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