Tem um tempo que eu vi um filme que me fez refletir só ontem. Não era nenhum filme muito conhecido e nem uma grande produção. É um filme "água com açúcar" que fala sobre as mulheres por vários ângulos. O desenrolar do filme não é importante. O importante é a fala de uma das personagens quando se refere a um homem quando se mostra apaixonado por uma mulher.
Não é uma visão muito filosófica. É mais uma visão amorosa e idealizada que toda mulher quer dar para algo que ela dê importância. E o que não seria mais importante do que alguém que possa conseguir amá-la de volta? Pelo menos até onde eu sei é isso que toda mulher quer. Ser amada. Não digo todo mundo porque tem quem não mereça então não pode desejar algo assim.
Enfim... O que ela descreve é simplesmente um olhar. Ela quer que o rapaz apaixonado por ela a olhe como ele olhava para o presente perfeito que ganhara na manhã de natal. Aquela expressão facial de ainda não acreditar em quanta felicidade está sentindo, uma face que descreve que você quer acelerar o tempo e sentir tudo de uma vez, mas ao mesmo tempo você desacelera e sente aquela felicidade somente crescendo.
Essa descrição boba me fez pensar. Eu acho que eu adoraria achar uma mulher como essa personagem. Mas que se contentasse com um olhar tímido depois do primeiro beijo, que soubesse da primeira vez que me visse que eu a achei linda e adoraria tê-la fazendo parte de mim como sentimento em vez de uma mera imagem. É pedir demais algo assim.
Seria suficiente se um olhar meu pudesse falar tudo que eu quisesse expressar e ela enxergasse. Não teria mais o que cobrar de mim depois de conseguir dizer a ela o que eu sinto e o que eu ainda tenho vontade de sentir. Seria muito bom.
Ruim é não saber de nenhuma mulher que não seja tão idealizada. Que não passe apenas de uma personagem em um livro ou filme. E eu não queria que ela se tornasse real. Seria difícil acontecer, mas seria fácil demais desfrutar disso. Eu não veria problema nenhum em me tornar idealizado. Não para me tornar intocável, nem superior. Só que a escalada até ela mostraria o quanto eu a desejo sem nem conhecê-la.
E se eu conhecesse seria melhor ainda. Mataria a saudade que eu nunca achei que tivesse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário