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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Esse sou eu falando...

Cansei desses textinhos tristes e melancólicos. Já estou bem grandinho para ficar deprimido por tão pouco. Eu gostaria de falar toda aquela baboseira egocêntrica relacionada ao quanto ela significou e o quanto deixou de significar, mas iria parecer somente que eu ainda penso nela ou quero me vingar por algum motivo idiota. Apenas direi que são águas passadas.
Ah, águas passadas... Ultimamente o passado começou a querer parecer mais presente. Eu sei que é algo passageiro e que talvez já tenha terminado e eu nem me dei conta, só que eu gostei de dessa vez ter percebido. Para tantos que dizem que eu vivo no passado, agora eu vejo que é um passado muito mais presente do que aparenta.
Talvez essa seja a resposta. Talvez a felicidade já tenha encontrado comigo, mas não era o momento certo e ela teve que me deixar até poder e querer voltar. Não seria ótimo um dia encontrar com ela na rua e conversar como se nada mais importasse e no fim ela me dissesse que sentiu a minha falta e eu não conseguisse deixar de dizer que isso foi mutuo? Seria sim.
A procura que tanto me consome e me cansa pode ser reduzida a só um sentimento de perda, talvez. Será que é isso que me falta? Meio que produzir essa saudade... Acho difícil. Felicidade nenhuma consegue se manter saudável presa a um sentimento tão temporal. E mesmo que pudesse, eu não gostaria de me ver com uma felicidade que está usando uma máscara. Seria muito revoltante não ser o motivo do sentimento e sim o escape.
Certas vezes também o passado me atinge de uma forma que me deixa sem ação. De uma forma que eu não consigo deixá-lo preso ao presente. Parecem feridas abertas em certos momentos e palavras não ditas querendo sair da minha boca. Não é algo que eu consiga controlar muito bem. Por mais que eu não diga ou faça algo que seja critico e que o passado se afaste mais de mim, eu também não pareço sair dessa posição defensiva e apreensiva e eu não entendo bem isso. Não é que eu não queira, mas eu que não vejo sendo uma boa hora. Não sei direito.
Uma coisa que não me agrada são as ironias. Quando não importa mais o que ficou no passado, mesmo sendo aquela coisa que no presente eu gostaria que fosse diferente. Então eu deixo cair no esquecimento, passa-se um tempo enorme e por fim se torna o que eu disse que gostaria que fosse. Detesto essa ironia, porque depois do momento ter passado e de nada mais se fazer necessário que acontece. É muito revoltante o mundo girar quando não há mais importância.
Também não gosto quando o mundo gira e volta para a estaca zero. Já me falaram algumas coisas que mudaram e eu sorri com isso. Umas eram boas e ruins, dependia do ponto de vista, mas todas me fizeram sorrir independentemente do que orocorrera. Depois que eu soube disso e finalmente pude deixar o tempo levar essas lembranças pra longe, vem alguém e me conta fatos que fazem tudo não ter parecido sair do zero. É muito frustrante.
Mas no fim eu vejo que tudo é questão de perspectiva. O tempo, os acontecimentos e a felicidade. A minha felicidade é diferente da sua, das pessoas que você conhece. A minha é única, como a sua é única para você. Isso nos faz sentir como é a singularidade posta em prática. Eu detesto isso, mas essa é só a minha perspectiva.

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