terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Mais um filme. Mais uma reflexão.
Não é uma visão muito filosófica. É mais uma visão amorosa e idealizada que toda mulher quer dar para algo que ela dê importância. E o que não seria mais importante do que alguém que possa conseguir amá-la de volta? Pelo menos até onde eu sei é isso que toda mulher quer. Ser amada. Não digo todo mundo porque tem quem não mereça então não pode desejar algo assim.
Enfim... O que ela descreve é simplesmente um olhar. Ela quer que o rapaz apaixonado por ela a olhe como ele olhava para o presente perfeito que ganhara na manhã de natal. Aquela expressão facial de ainda não acreditar em quanta felicidade está sentindo, uma face que descreve que você quer acelerar o tempo e sentir tudo de uma vez, mas ao mesmo tempo você desacelera e sente aquela felicidade somente crescendo.
Essa descrição boba me fez pensar. Eu acho que eu adoraria achar uma mulher como essa personagem. Mas que se contentasse com um olhar tímido depois do primeiro beijo, que soubesse da primeira vez que me visse que eu a achei linda e adoraria tê-la fazendo parte de mim como sentimento em vez de uma mera imagem. É pedir demais algo assim.
Seria suficiente se um olhar meu pudesse falar tudo que eu quisesse expressar e ela enxergasse. Não teria mais o que cobrar de mim depois de conseguir dizer a ela o que eu sinto e o que eu ainda tenho vontade de sentir. Seria muito bom.
Ruim é não saber de nenhuma mulher que não seja tão idealizada. Que não passe apenas de uma personagem em um livro ou filme. E eu não queria que ela se tornasse real. Seria difícil acontecer, mas seria fácil demais desfrutar disso. Eu não veria problema nenhum em me tornar idealizado. Não para me tornar intocável, nem superior. Só que a escalada até ela mostraria o quanto eu a desejo sem nem conhecê-la.
E se eu conhecesse seria melhor ainda. Mataria a saudade que eu nunca achei que tivesse.
sábado, 19 de dezembro de 2009
Um conto de fadas sem fadas.
Depois de uma batalha que havia durado certo tempo um nobre cavaleiro está voltando em seu cavalo para seu reino. É uma grande jornada e é inevitável passar por muitos e muitos reinos no seu trajeto. Ele sabia que por esses reinos se depararia com outras aventuras e talvez conquistas e por mais que quisesse apenas descansar ele não podia.
Certo dia ele se encontrou em um grande reino cercado com muitos castelos. Não havia um castelo principal que teoricamente teria um rei que governasse todos os outros. Haviam vários castelos com poderes iguais. Um reino extenso diferente de todos onde o cavaleiro já havia estado.
Muitos eram os castelos sem reis. Havia castelos com dois reis e duas princesas. Era muito fora da realidade que o cavaleiro conhecia, mas mesmo assim ele continuou seguindo seu caminho em direção ao seu reino. Ele não pretendia parar por motivo algum que não fosse comer ou dormir. Ele não queria perder tempo.
Até que um dia acabou se hospedando em um castelo aonde vivia uma doce donzela. Ela não fez nada e mesmo assim o cavaleiro parecia ter esquecido o que buscava. Ele se deixou levar por apenas um olhar tímido e compenetrado de uma mulher linda. Não era comum. Não havia o que se ver além de uma aparência. Era um cavaleiro diferente dos outros. Não acreditava em matrimônio arranjado e muito menos em apenas prazer carnal. Ele queria algo que fosse além de uma pureza conhecida.
Incrível achar algo indescritível e angelical tão de repente em um reino tão transitado e tão cheio de pessoas diferentes. Foi como ver uma multidão desaparecer e somente restar ela. Aquele anjo que lhe mostrava algo misterioso e puro, que fazia com que o cavaleiro esquecesse a bravura ganha com batalhas e novamente hesitasse. Algo que não sentia há anos.
O cavaleiro sentia vontade todos os dias de conseguir uma desculpa somente para falar com ela, lhe fazer um mero pedido, falar apenas um "bom dia". Até que um dia ela pareceu finalmente querer dar-lhe uma chance. Não parecia ser uma donzela que desacreditasse em amores impossíveis. Muito pelo contrario. Ela agora parecia querer tentar realmente. O que fez isso ficar claro para o cavaleiro foi um beijo. Nada mais que isso.
Beijo que fez o cavaleiro se sentir intimidado. Ele que derrotara generais e comandantes de exércitos sem fim já não se sentia um guerreiro destemido. Sentia-se agora mais humano e menos intocado. O que agora olhava sendo intocado era a linda mulher por quem se apaixonara com um simples beijo.
Depois de um tempo o cavaleiro soube que era um amor realmente impossível. Não por ele, mas por ela não acreditar em algo que a fizesse querer seguir em frente com aquilo. Parecia ser algo muito além dos limites amorosos construídos por ela. E depois disso o que restou a ele foi voltar a seguir o seu caminho.
Ele segue na sua jornada rumo ao seu reino, mas leva consigo um véu de sua amada. Tenta se distanciar ao máximo daquele reino tão diferente dos que conhece. Ele não sabe quando poderá reencontrá-la, mas esquecê-la não faz parte dos planos dele.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
De trás para frente.
Seria bom se mais coisas além desses dias que estão passando fossem de trás para frente. Gostaria que eu usasse isso para um sentimento que tenho. Um sentimento sem futuro algum. Acabaria sentindo-o de trás para frente e veria finalmente o gosto amargo do fim e acabaria com aquele fim suave e doce de um começo apaixonado.
Falando assim parece uma paixão sem fronteiras. Na verdade não é. É uma paixão que eu chamaria de bloqueada. Para ela parece que o que tinha que ter acontecido já aconteceu. Caricias, elogios, olhares e sorrisos. Ela não diz, mas faz parecer ter sido suficiente para ela. Eu que nunca pude lhe dar a segurança, a qual queria, lhe dei de um modo diferente coisas que outro pôde e pode dar. Ao menos algo que fez eu me sentir mais único no fim das contas.
Ela me deu um presente. Um que eu não esqueci. Ela me deu um beijo. Foi um beijo apaixonado. Um beijo que parece agora que foi de despedida. Não foi um único beijo, mas o ultimo que nós demos acabou sendo realmente o ultimo. Não que só tenha havido isso entre nós, mas o que marcou foi isso. Pelo fato de não ser algo que outro possa dar a ela.
Triste pensar que nós tivemos uma história, mas que não foi muito longa. Durou muito menos tempo do que eu achava que duraria. Foi única, arrebatadora e eu não a esqueci. Ainda tenho sonhos com ela em que lhe toco a face, mas sempre acordo antes de beijá-la. Até em meus sonhos me nego a dar um beijo nela. Se houver outro beijo eu quero que seja para depois do beijo a chamar de "minha". Não sei se novamente ou pela primeira vez, mas não faria diferença.
Sei que não será possível, pois outro já tomou meu lugar físico. No coração dela eu estarei somente como um belo retrato que a faz sentir-se melancólica ao olhar para o mesmo. E que ao se deparar com a fotografia não deixa de me contar ou me mostrar algum sentimento para que a foto não perca a cor. Tal como eu faço com ela.
Só me resta esperar que haja um dia que ao amanhecer todos irão dormir e acordar somente no fim da tarde. Eu poderia passar o dia todo sonhando com os momentos que tivemos juntos. E sentir toda a paixão que eu senti no começo e tudo acabaria sendo ótimo ao ver o fim dessa paixão sentindo o primeiro beijo que eu lhe dei naquela noite.
Um começo ruim e um fim perfeito. Nada mal.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Tédio... Somente isso.
Ultimamente tem sido cansativo e monótono. Conversas pouco variadas, noitadas parecidas e um tédio constante. Não me deparo mais com algo que eu chame de interessante. Não estou falando que é ruim também. Só é pouco diferente. Isso que me deixa assim meio de saco cheio. É chato acordar e pensar que é um novo dia, serão novas experiências e chegar em casa para dormir e só poder contar com um sonho que seja parecido com algo que você esperava daquele dia.
Chato pensar que eu só consigo ter essas conversas legais com qualquer pessoa. Não que não haja assunto nem interesse da minha parte. Só parece não acontecer. Eu acho que isso acontece porque eu estou cobrando demais das pessoas. Não é sempre que você acaba tendo uma conversa que flui naturalmente e que não acabe com um papo ou outro que não é interessante.
Beber agora parece uma idéia interessante... Será? Não, eu não quero esquecer nada e nem ser um bobo da corte. Gostaria só de ter algo que me desse sorte de achar alguém que me deixasse fixado em uma simples conversa. Se fosse uma mulher seria ótimo, mas isso já parece algo além do possível.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Dia nublado esse, não?
Parece estupidez pensar que eu queria estar ainda com raiva do meu final de semana péssimo. Só queria ter algo para ocupar a minha cabeça que não fica sem pensar em coisas avulsas. Pensamentos que acabam me deixando sem raiva nenhuma no fim das contas pelo simples fato de não me fazer sentir algo forte para que a minha atenção ganhe um foco certo.
Não queria estar sentindo algo chamado de "negativo" tal como raiva. Somente parece melhor do que sentir esse sentimento de vazio. Não me sinto só. Somente anestesiado. Parece que a motivação que eu tinha acabou. Pena ter acabado sem deixar um bilhete somente me contando o que ela fazia comigo. O simples motivo que acabava me fazendo ficar motivado. Bom... Ela não disse.
Parece algo pior do que tristeza. Pelo menos triste você se apega à uma esperança de que tudo vai dar certo. Até quando você não consegue isso sozinho é capaz de alguém te ajudar. Porém quando se está como estou não tem muito o que mude isso sem ajuda. Essa insuficiência é algo que não faz com que eu me sinta bem. Antes fosse. Pelo menos o efeito anestésico passaria.
Ah... E não me venha com a historinha novamente de que eu preciso correr atrás e não esperar cair aos meus pés a oportunidade. Se fosse ridículo assim eu estaria assim sempre e não é assim. Apenas parece ser uma má fase. Mais uma das muitas. Capaz de ser só algo da minha cabeça, mas aí só quando melhorar ou piorar que eu vou saber.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Precisava te falar uma coisa...
Eu achei que fosse me machucar todas as vezes que eu lembrasse o modo que eu disse que sentia algo por você, do jeito que eu tentava te elogiar e das tardes que passamos juntos. Talvez eu só quisesse me poupar de sentimentos tristes já que não teria com quem dividi-los, pois não mais te tenho. E pensando nesse "não te ter" o tempo parecia passar cada vez mais devagar.
Não pense que eu me esqueci de você. Não pense que eu não sinto a sua falta. Só pense nas coisas que eu te disse que hoje já não parecem verdade, mas são e foram desde sempre. Eu disse que sempre ia ter algum sentimento afetivo por você e tenho, realmente. Apesar do fim talvez ter mostrado que eu sou imperfeito e falso eu aqui tento te dizer que apesar dos pesares eu tentei ser perfeito. Pena não ter conseguido.
Nada daqui é para que você pense que eu estou te pedindo para voltar para mim. Para termos novamente algo que não deveria ter acabado. Isso é baboseira. Depois de lágrimas que viram um fim não há retorno. O que eu quero com esse texto é te mostrar o quanto você significou para mim. E o quanto fez diferença. Só isso.
Desculpe se eu não estiver sendo específico sobre um sentimento que eu via somente como nosso ou meramente sobre nosso primeiro beijo. Não tem como ser tão singular assim com palavras. Eu gostaria de só escrever o seu nome em vez deste texto. Seria simples.
Eu não teria que escrever mais que uma palavra, mas tiraria um reflexo muito mais único que esse texto tem. Além de que se você não souber que esse texto é para você é melhor assim. Você não vai vir me procurar e nem saber que é para você, porque você esqueceu o que nós tivemos. Se se perdeu no passado... Deixe como está.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Uma carta de despedida.
Escrevo-te esta carta, pois eu estou indo viajar e não sei se voltarei a te encontrar. Desculpe se não me despedi de você e não te dei um abraço. Não acho que conseguiria fazer isso sem que eu acabasse deixando lágrimas expostas no meu rosto. Não gostaria de lembrar do nosso último momento rodeado de uma saudade que ainda nem existia.
Você sabe que eu vou sentir a sua falta e que eu prometo escrever-lhe outras cartas como esta ou entrar em contato com você de algum outro jeito. Não leia esta carta com olhos que estão vendo um "adeus". Eu não quero te dizer tal coisa. Nem gostaria de ouvi-la de você.
Várias vezes li ou ouvi em alguns poemas e músicas que a tristeza é algo bom para certas coisas. Meramente pelo fato dela inspirar e acabar fazendo você se mostrar mais humano. Mais sentimental, talvez. Eu não sinto essa inspiração enquanto te escrevo. Eu só estou chateado por saber que não te verei e eu detesto sentir a sua falta.
Antes de ir queria que você guardasse mais um segredo meu. Algo que eu descobri ontem. Eu descobri que você não existiu pra mim como eu achei que tivesse existido. Eu desviava de você todas as vezes que me deparava com alguém com quem queria ter um relacionamento. Como isso é possível? Em vez de me aproximar de você acabar me aproximando de alguém que não existe.
Não estou dizendo que eu não sinta a amizade que sinto por você. Quis dizer que me apaixonei por alguém imaginário ou algo assim. Você estava lá todo o momento em que eu achava que estava, mas eu nunca pude te olhar nos olhos. Era sempre uma máscara criada por mim.
Sempre com quem eu me envolvia acabava acontecendo isso. Sentimentalmente era alguém que eu tornava idealizado. Isso que torna você irreal mesmo sendo real, entende? Não acabava vendo coisas que ela fazia e gostava. Eu procurava ver as coisas que eu queria que ela gostasse e que eu queria que fizesse.
Me sinto estúpido te dizendo isso por uma carta de despedida. Poderia ter falado isso ontem à noite enquanto estávamos com nossos amigos. Era só conversar com você em um canto. Ao menos aqui eu pude falar e dividir isso com você antes de ir. Além de dizer que eu pretendo mudar isso...
Está ficando tarde e eu tenho que ir. Nada de "tchau" ou "adeus". Até logo. E não se preocupe... Eu aposto que estarei com você novamente em breve. Nunca é uma viagem tão longa.
Abraços e beijos,
Pensamento.
domingo, 29 de novembro de 2009
Um pouco de Vinicius e de mim.
"Procura-se um amor."
Não precisa ser novo. Não precisa ser perfeito, não precisa ser muito imperfeito, só precisa ser único. Esse amor tem que ser corajoso diante do tempo, não se abalar com rachaduras feitas pela mágoa e nem precisa ser algo que aparece quando menos se espera. Tem que gostar de carícias, de beijos que trazem saudade e de lágrimas trazidas com palavras apaixonadas.
Não tem problema se for de segunda mão... Mesmo que seja de terceira. Tem que ser um amor que eu e ela chamemos de "nosso", que seja cristalino para quem olhar ver a perfeição, mas não que isso o torne invejado. Tem que deixar criar um espaço para surgir uma saudade, mas quando ela surgir o amor nos aproximar para que ela vá embora. Ele não pode deixar de ser puro, mas se acabar sendo impuro que seja por pouco tempo.
Procura-se um amor que não se acanhe quando mimado. Que se emocione ao ouvir o primeiro "te amo" e que se for ouvir o último que seja refletindo lágrimas de saudade. Um amor que contemple as mesmas coisas simples que eu. Que goste de canções, de palavras de ternura, do vento, do frio de uma manhã de julho e de um fim de tarde na praia. Que entenda quando eu me entristecer, que esteja lá para resgatar tudo de bom que aconteceu na infância.
Procura-se um amor simples, um amor que saiba amar e que se deixe ser amado. Um amor que se mostre com um olhar, que se mostre com um sorriso e que pareça eterno dentro de um mero segundo. Quero um amor que pareça imaginário, que pareça irreal... Para assim poder haver uma singularidade intocável somente entre eu e ela.
Se existir algum amor assim é só me encontrar. Eu já estarei esperando.
Foi mais ou menos o que eu pensei. Mas é tudo que eu quero.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Quando ocorre de acordo com o plano...
Todo dia a gente acorda sabendo que vai ser mais um dia e espera que seja melhor do que o dia ruim que passou e menos pior do que os dias ruins que você sabe que virão. É aquele sentimento que às vezes é positivo ou negativo. Não tem como saber que dia você quer que seja bom ou qual você apenas deseja que não seja ruim.
Um dia desses eu acordei desejando que fosse bom. O engraçado é que eu estava realmente crendo que seria. Por um simples fato... Que aquele dia eu tentaria tirar para me distrair através de risadas por meio de uma conversa ou algo do gênero. Nada de mais. Algo até simples de se esperar de um dia onde o sol estava escaldante e não parecia um dia muito diferente dos outros daquela semana.
Fui fazer meus afazeres diários e ir para os lugares para onde vou todos os dias. Não vou te dizer que o que me motivava para querer um dia feliz era alguma esperança. Era algo diferente. Eu só sabia que seria. Não sei bem o motivo.
Eu encontrei os amigos que vejo diariamente e acabei parando para conversar com os mesmos. Não houve algo fora do comum dentro da conversa. Algum papo aleatório, mas que era bem descontraído e divertido. Esses são os papos que você gosta de ter no fim de tarde, tal como era aquele.
O dia já estava bom. Já estava anoitecendo e eu me via feliz sentado em uma cadeira diante de alguns amigos em uma roda de cadeiras conversando coisas engraçadas. Não foi algo que eu duvidasse que acontecesse naquele dia onde eu achava que tudo ia dar certo. Parecia tudo bem como o planejado.
Mas não tinha como um dia melhorar se não fosse por causa de uma mulher. É, amigo(a)... Sempre acaba sendo assim. Eu que nem esperava isso naquele dia... Me deparei com uma situação onde eu adoraria ter criado. Irônico.
Puxei papo com uma garota que eu julgava ser legal e ter um "papo cabeça". Eu estava sentindo falta disso. Não tinha papos que fluiam naturalmente com alguém já fazia um tempinho. Então fui me arriscar a ter um "papo cabeça" com a garota. Acabou nem sendo um papo filosófico. Foi um papo normal, só que a diferença é que fluiu naturalmente. Não houve aquelas mudanças de assunto bruscas para matar o silêncio, nem um papo pré-definido para chegar algum lugar. Só aconteceu.
Acabou que esse papo me fez ver o quão bela ela era por dentro. Por fora eu já tinha visto, mas tento nunca me deixar levar apenas pelos meus olhos. Papos com risadas, que eram parecidos com os meus e gostávamos da coisas similares. Isso me fez pensar em terminar aquele dia com um beijo.
Acabamos nos deparando com um papo sobre o que ver numa outra pessoa para que se sinta aquela atração por ela. Eu disse que me deslumbrava por um olhar que parecia ver mais do que a vista enxergava e ela disse adorar um papo em que a pessoa tivesse opiniões boas e que soubesse debater sobre assuntos variados. Isso parecia se encaixar bastante.
Não consegui e acabei sedendo. Eu tive que lhe pedir um beijo. Fiz isso torcendo para que eu não tivesse feito aquilo em vão, pois eu acabara querendo de verdade um beijo dela. Nem mais pensava naquele dia agradável. Só pensava em terminá-lo de um jeito perfeito. Para que pudesse chamar o dia todo de perfeito.
E no final foi um dia perfeito, de fato.
domingo, 22 de novembro de 2009
Lembrete: "Não esquecer de lembrar."
O que eu pensei hoje pode até acabar tendendo para um desses assuntos, mas em um todo não parece com nenhum desses. O que eu pensei é até parecido com o relacionado a tempo, mas não de uma forma direta.
Bom... Eu me peguei pensando em algumas coisas que esqueci e de outras que lembro. É... Simples assim. Eu me lembro de muitas coisas que gosto, outras que não gosto, mas lembro. Por outro lado tem coisas que eu julgo importantes e eu não lembro. Estranho, não?
Eu me lembro do meu primeiro beijo, mas não me lembro do último. Beleza... O primeiro foi importante e o ultimo talvez não tenha sido tão importante assim ou simplesmente foi um beijo que eu quis esquecer. Pode ser esse sentimento de "querer esquecer" que tenha feito eu esquecer de tanta coisa.
Eu me lembro da primeira vez que sofri um acidente em que tive que levar pontos, lembro da segunda e da terceira. Não me lembro do ultimo machucado que tive. Nenhum machucado, na verdade. Talvez os que tenham marcado tenham sido os que machucaram mais.
Não me lembro do meu primeiro natal, na verdade nem lembro do último. Os natais são sempre tão chatos que deve ser por isso que eu não lembro bem deles. Só lembro de um que eu não passei em casa.... Não, foi um revellion. Talvez no fim das contas minha memória que seja péssima mesmo, mas o caso não é esse.
Somente gostaria de lembrar mais coisas. Tudo bem que ficar tão ligado ao passado é ruim e faz você não viver o presente e coisa e tal... Mas eu gostaria de lembrar mais coisas. Lembrar de mais sorrisos, de mais filmes, de mais olhares, de mais bobagens faladas e feitas, de mais desenhos, de mais pinturas, de mais músicas.
Tem muitas lembranças que eu queria ter que são bobas e inúteis, mas tem as que eu considero bem úteis tais como: certas coisas que eu soube falar em momentos certos, conselho que pude dar, lágrimas que sequei, abraços reconfortantes que dei, beijos de despedida, beijos de chegada...
Pela psicologia nós não esquecemos de nada praticamente. Somente não lembramos tudo pelo simples fato de não ser necessário ou não nos fazer bem. O chato é pensar em tantas coisas que não te faz bem e não conseguir lembrar da primeira vez que você foi pescar com o seu falecido avô. Bem chato.
Bom... Eu não lembro muita coisa, mas se você ler isso tente se lembrar do que leu. Faria muita diferença para mim. Isso faria com que eu lembrasse de você por um bom tempo.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Algo que não vejo e algo que faço.
Tem quem diga que é extremamente difícil escrever do modo que eu escrevo, pois nem se expressar verbalmente consegue, se quer escrevendo. Também diz que eu escrevo de um modo legal que mostra algo muito mais além do que parece ter acontecido.
Eu não entendo o que há de difícil em tentar olhar tudo por um ângulo onde existem sentimentos e desejos. Não é nada de mais para mim. Veja bem, não estou me gabando nem nada, só estou dizendo que isso flui naturalmente. O que eu não entendo é o motivo de não fluir com todos. É algo que não acontece por não fazer parte da pessoa ou a pessoa que não se permite?
Mas essas são só coisas sobre pessoas que gostam de ler as bobagens que eu escrevo. Tem quem não goste e fala que não gosta e tem que fale que gosta, mas não leva fé no que eu escrevo. Parece elogiar, mas no fundo dizer que é tudo mentira... Diz que eu falo do jeito que falo para parecer mais apaixonado do que sou ou que fui.
Bom... Realmente eu poderia falar os fatos, não o que eu senti com tais fatos. Ser menos perceptivo e mais objetivo. Complicado? Deixa eu dar um exemplo. Vou tentar ser simples e sussinto. Só imagine essa situação: "Um rapaz andando na rua vê um brinco caindo de uma mulher ruiva que ele achou que seria bonita, o pega do chão e devolve para a dona."
Uma situação simples e curta. Normal... O rapaz viu o brinco e devolveu para a mulher. Mas e se fosse assim: "O rapaz vê uma mulher bonita andando à sua frente. Era uma bonita moça. Ruiva, com um batom vermelho e olhos castanhos. Uma brisa bate em seus cabelos e o nariz do rapaz se depara com um doce aroma de um perfume suave e cítrico. A mesma brisa derruma um brinco da moça e ela não percebe por estar falando no celular e procurando algo na bolsa. O rapaz o pega e chega perto da moça para devolvê-lo. Ele sabia que ela era bonita, mas ficou deslumbrado com tamanha beleza de um simples olhar atarefado. Era um olhar profundo e preocupado. Eles não dizem nada um para o outro. Ela só sorri e pega o brinco. Os dois voltam a seguir o seus caminhos novamente depois disso."
Você achou exagerado e muito sentimental? Eu não posso te dizer algo gentil e legal se você achar isso. Só posso pedir que você pegue o jornal no caderno de economia e leia. Lá não tem esse tipo de besteira.
Pra uns é enrrolação, pra outros uma máscara... Eu sei que eu gostaria de ver o mundo sempre assim. Com detalhes e como se o tempo parasse toda vez que eu quisesse. Já que ao vivo não pode ser assim eu ao menos tento fazer ser assim aqui. Não faço para imprecionar. Faço para lembrar sempre de momentos simples que fizeram o tempo parar ou dos momentos que em que o tempo deveria ter parado.
domingo, 15 de novembro de 2009
Noite chuvosa.
Era quase meia noite e eu estava sentando no único bar que eu encontrei aberto até essa hora. Eu vestia o meu terno barato e carregava meu chapéu, minha e uma capa... Fora isso só o que mais tinha comigo era a companhia do senhor Jack Daniels e o meu reflexo naquele copo meio cheio.
Eu não pensava em muitas coisas. Não era uma noite em que eu estava preocupado com alguma coisa que me fizesse querer parar naquele bar para beber até esquecer algum mal entendido ou algo parecido. Só queria pensar na minha vida.
Não vou dizer que consegui. Não consegui pensar em muita coisa. Fiquei olhando para o barman que era um homem que eu chamaria de peculiar. Moreno, 1,87 de altura com uns 94,5 quilos, uns 36 anos, usando um bigode mal feito e careca. Vestindo uma calça preta e uma camisa de botões cinza com respingos de bebidas e do suor que escorria pelo seu rosto.
Depois de me deparar com essa figura eu tentei pensar em algo diferente daquilo. Algo que não me desse pesadelos. Pena não ter conseguido nem ao menos chegar em algum ponto que me fizesse realmente refletir.
Quando parei de olhar para o barman e enchi o meu segundo copo com a garrafa que estava ao meu alcance entra um homem no bar. Era um rapaz comum. Negro, 1,70 de altura, calça jeans, uns 23 anos, casaco, guarda-chuva na mão que não lhe servia já que estava molhado e um boné.
O rapaz dirige-se da porta até o barman, faz seu pedido e o barman procura algo embaixo do balcão e quando levanta ele está com uma arma na mão e aponta para a testa do rapaz.
Eu não vou mentir e dizer que não me apavorei. Nem que eu me apavorei por ser algo que estava acontecendo na minha presença. Apavorei-me por ser possivelmente o próximo alvo. Mesmo assim me mantive sentado no balcão, sem esboçar nenhuma reação com uma mão no copo e a outra apoiada no balcão. Novamente... Eu não sou um bravo. Eu congelei mesmo.
O rapaz fica pálido e subitamente o barman abaixa a arma e sorri para o rapaz dizendo-lhe algo. O rapaz sorri de volta, aperta a mão do barman, dirige-se para a porta abrindo seu guarda-chuva e vai embora.
Eu fiquei pensando naquilo um bom tempo. No quarto copo eu chamo o barman e pergunto:
-Amigo, o que houve ali com o rapaz que entrou aqui pouco tempo atrás?
O barman esboça um sorriso e me diz:
-É uma história engraçada...
Diz isso e ri.
E eu ainda com no rosto uma expressão de incompreensão.
Logo o barman retoma dizendo:
-Vou te explicar... O rapaz entrou e disse para mim que não tinha nenhum lugar aberto a essa hora e que ele já havia tentado beber a água da chuva e não havia conseguido parar o seu soluço. Se havia algo que eu pudesse servir para ele para que o soluço fosse embora.
Eu não entendi direito e perguntei:
-E por que você em vez de servir uma água para o rapaz você apontou uma arma para ele?
O barman dá uma gargalhada ao ouvir a minha pergunta e me explica:
-Se água não funcionou a única coisa que funcionaria seria um susto. Realmente funcionou.
Eu concordei com o barman, ri junto dele, paguei minha conta e saí do bar.Indo para casa eu consegui pensar em uma coisa. Que eu duvido que alguém adivinharia como tinha sido a minha noite. Talvez eu fizesse um jogo de adivinhações sobre aquela "cena". Seria divertido.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Dois senhores e um jogo de xadrez.

Em uma conversa já iniciada entre dois idosos no parque... O rumo que a conversa toma é:
O estranho é já ter tido um monte de conversas assim.
Diz o senhor idoso que usa um chapéu panamá jogando com as peças brancas.
Mas meu, caro... O que tem demais nesse tipo de conversa?
Pergunta o senhor idoso calvo jogando com as peças pretas.
Vou tentar te explicar, velho amigo. Durante vinte e três anos eu pensei em uma conversa que eu tive com a minha falecida esposa. Não era uma conversa muito profunda, nem mesmo posso chamar de conversa. Foi mais um monólogo. Ela me disse coisas que eu já tinha escutado sobre o nosso relacionamento de longa data... Nada de mais.
E que coisas foram? E espera um momento... Não era ex-esposa?
Pergunta o senhor calvo.
Uma delas foi sobre o primeiro filme que vimos no cinema. Primeiro e único. Ela detestou.
E qual foi a outra pergunta? Ah... Deixa prá lá... Eu fiz besteira no jogo.
Diz isso se concentra no tabuleiro, pois moveu a peça errada.
E por quê?
Pergunta novamente o senhor calvo após movimentar o bispo.
Porque era um filme de guerra. Acho que o nome era "nossos mortos serão lembrados". Algo desse tipo. Ela detestava filmes de guerra e eu adorava.
Diz enquanto sorri lembrando-se das expressões faciais da esposa durante o filme.
E o que tem de tão diferente nessa conversa?
Pergunta novamente o senhor calvo.
Joga... É sua vez.
Diz o senhor de panamá antes de responder. Em seguida responde:
Na verdade essa conversa não tem nada de mais. Só que da ultima vez que ela falou algo assim para mim foi a vinte e três anos atrás.
Ao concluir a frase hesitando em mover a sua rainha. Ele joga e arruma seu panamá na cabeça.
Eu não entendo. Era uma conversa comum. Uma que vocês tiveram mais de uma vez durante todo o tempo de casados. Qual o problema dela ter tido pela ultima vez essa conversa a vinte e tantos anos atrás?
Pergunta o senhor calvo antes de movimentar o seu peão e após fazer sua jogada recosta na cadeira e cruza os braços.
Vinte e três anos.
Corrige o amigo.
Vinte e três anos atrás quando tive essa conversa foi através de uma carta. Ela já tinha me deixado e ido morar em outro país.
Diz isso abaixando seu chapéu panamá de modo que não desse para o amigo ver seus olhos que estavam começando a lacrimejar.
O senhor calvo descruza os braços, se senta mais para frente e diz:
Sabia que ela tinha te deixado, mas eu não sabia que ela tinha te deixado há tanto tempo atrás.
Tudo bem. Parece mais doloroso do que é. Fique tranquilo.
Diz o senhor de panamá arrumando novamente seu chapéu e limpando seus óculos embaçados.
Ele faz um movimento com a sua torre e diz para o amigo seguir com o jogo.
Mas me conte, o que tem de mais nessa tal "conversa comum de vinte e três anos atrás"?
Pergunta o senhor calvo ainda curioso.
É que foi uma conversa através de uma carta. Mas a carta não era para mim por mais que falasse da minha pessoa. Foi uma carta que por acaso foi enviada para o antigo endereço onde morávamos. Uma casa que está no nome dela que ninguém visitava. Ainda está mobilhada. Talvez ela ainda tivesse esperanças de voltar para lá.
Diz o amigo com no rosto um olhar de saudade. Não uma saudade com tristeza. Somente uma saudade.
O senhor calvo posiciona o seu pião e diz:
Xeque.
Bom, mas você pelo visto visitava aquela casa uma vez ou outra então? Ia lá para se lembrar dela ou algo parecido, certo?
Pergunta o senhor calvo.
Sim, claro. Não estava por ali por acaso e ia exatamente por esse motivo. Eu esperava encontrar algo lá que fosse um motivo para que ela voltasse. Isso eu não achei.
Um dia eu simplesmente tinha acabado de trancar a porta quando o vento acabou abrindo a caixa de correio. Quando eu fui fechá-la eu vi que tinha uma carta dentro. A carta parecia estar lá fazia um bom tempo.
E o que tinha nela?
Diz o senhor calvo recostando-se novamente na cadeira enquanto olhava para o amigo contando isso com os olhos fixos no tabuleiro enquanto punha uma mão esquerda no maxilar e a outra embaixo do braço esquerdo.
O que tinha nela? A conversa rotineira.
A-Ha!
O senhor de panamá responde e move seu rei e sai do xeque.
É esse o motivo de ficar abalado com a carta? Ser uma conversa rotineira?
Pergunta o senhor calvo coçando a sua cabeça com uma expressão facial de quem não entendia mais nada.
Deixe-me explicar. O fato de como eu encontrei a carta mudou todo o sentido da carta. A minha esposa, digo, ex-esposa... Eu estou ficando velho e mesmo assim não consigo chamá-la de ex. Impressionante. Enfim... Minha EX-esposa tinha escrito sobre a tal conversa que tivemos. Onde praticamente só ela falava e não explicou nada, não disse nada que eu não soubesse, mas o modo de eu achar a carta mudou o sentido da conversa.
Diz o senhor de panamá esboçando um sorriso sutil.
Ah... Agora faz sentido. Você ficou comovido com o modo do tempo e das circunstâncias terem deixado a conversa diferente.
Diz movendo sua torre e recostando novamente na cadeira com um olhar de quem tinha resolvido o mistério.
Não. Não foi por isso.
Xeque.
Diz o senhor de panamá e move seu bispo.
O senhor calvo continua recostado, mas agora com um rosto novamente confuso. Eis que retruca:
Pare de prolongar essa conversa e me diga logo o que tem de especial na carta.
Após dizer isso ele move seu rei.
O senhor de panamá olha para o jogo, não move peça nenhuma, olha para o seu amigo e diz:
O que tem de especial é que foi a primeira vez depois de tantos anos que eu tinha milhões de coisas para dizer para ela e que talvez estivesse com medo de dizer, mas não era por esse motivo... Uma das coisas que diria seria para que ela voltasse. Eu até hoje sinto falta dela. O que tem de especial na carta foi somente um momento onde eu talvez pudesse fazer algo, mas fiz de um modo "errado".
O amigo calvo pergunta com um olhar compenetrado:
O que você fez, meu caro?
O senhor de panamá pega o seu cavalo para movê-lo e antes de movê-lo diz:
Eu escrevi uma carta dizendo tudo para ela para que ele mesmo endereço onde eu achei a carta dela e nunca voltei lá para ver se a carta tinha sido entregue.
Eu tinha as palavras certas para serem ditas, mas nunca tive o momento certo. Disso eu tenho certeza.
O amigo calvo diz com uma voz de conformidade:
A carta deve estar lá. A sua ex-esposa está falecida afinal de contas. Não teria como pegar a carta.
O amigo tira o chapéu com a mão que não segurava a peça do tabuleiro bota na altura do peito o chapéu e diz para o amigo sorrindo:
Ela fez eu prometer antes de partir para falar dela como se ela estivesse morta, mas na verdade não está.
Faça um favor para mim e guarde este segredo. Fale dela do mesmo modo que eu e se um dia ela acabar encontrando esta carta faça cara de surpreso.
Xeque mate.
O senhor de panamá põe de novo o chapéu após dizer isso e aponta o tabuleiro para o amigo.
O senhor calvo faz uma cara de surpreso com a jogada e quando o amigo vê tal expressão diz com um sorriso brincalhão no rosto:
Faça exatamente esta cara de surpreso. Será convincente.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Eu acho que não existe alguém que não tenha ficado inspirado nunca. Pode não ter feito ou sentido nenhuma das coisas as quais citei, mas que simplesmente se inspirou.
É algo que você sabe de onde vem, eventualmente, mas nunca espera que venha e quando vem você acaba se surpreendendo. Pode ser a primeira ou a milésima vez que você se deparou com a inspiração. Ela sempre te atinge com um gosto de novodade e uma motivação repentina e gostosa.
Não consigo nem descrever como é me sentir assim. Exemplos são fáceis de se dar sobre o assunto. Dificil é explicar mesmo esse "momento" que chamamos de inspiração. Eu acho que o motivo de não haver uma explicação certa para isso é o fato de ser sempre algo novo e inesperado. Talvez seja isso. Não sei dizer.
O fato é que é ótimo se deparar com esse momento prazeiroso e reconfortante. Eu, particularmente, me sinto muito mais vivo. Talvez seja só eu que sinta uma euforia enorme de ver algo que me motive a fazer coisas sozinho. Criar coisas que talvez ninguém tenha feito igual. Eu acho maravilhoso.
Chato é quando a inspiração vai embora. Não há mais aquela coisa que te completa e te faz sentir "acompanhado". E esse sentimento de solidão repentino acaba deixando uma marca. Não é uma marca que machuque como uma mágoa, uma perda de algo que você não pode mais ter. Dói menos, mas dói.
Eu esses dias me sentia inspirado. Hoje eu já não me sinto mais. Eu me sinto um pouco chateado de não estar conseguindo criar múscas, desenhos e ter pensamentos "retilíneos". Talvez seja só falta de algo que ocupe a minha cabeça. Ou talvez eu supervalorize algo tão esporádico. Mas não é aí que eu quero chegar. Eu só queria que você acompanhasse meu pensamento.
Se for pedir demais isso eu peço desculpas antecipadamente. Eu só queria que lendo você se inspirasse. Que eu não tivesse perdido a minha inspiração. Que au menos eu pudesse dar, nem que fosse ao menos um pedaço, para você.
Se eu conseguir... cuide bem dela e não se chateie quando der a hora dela ir embora. Outro dia ela volta.
domingo, 8 de novembro de 2009
Uma conversa que eu chamaria de... comum.
Duas pessoas andando despreocupadas olhando para qualquer coisa menos para frente acabam esbarrando uma na outra.
Opa, desculpa!
Diz a moça com uma voz preocupada e sem graça.
Não, tudo bem. A culpa foi minha.
Diz o rapaz com um sorriso de meia boca e sem graça.
Após falar isso os dois olham um para o outro e se reconhecem. Eles são conhecidos de longa data que não se viam fazia um tempo. Tinham sido namorados há muito tempo trás e perderam o contato por brigas.
Constrangido com o momento o rapaz diz a primeira coisa que vem à sua cabeça para acabar com o silêncio.
Bom, e aí? Você tá bem?
To sim. Tudo tomou um curso diferente do que eu achava que tomaria, mas nada ruim. E você? Tudo bem?
Tudo. Eu consegui aquele emprego que eu queria, comprei uma guitarra nova...
Novamente um silêncio vem por nos olhos dos dois estar contidas palavras que não eram essas, mas nenhum dos dois parecia ter coragem de dizer tais palavras.
Eis que o rapaz tenta puxar um assunto que levasse até onde os dois queriam chegar dizendo:
E como vai o seu namorado?
Namorado? Ah... já faz bastante tempo que a gente terminou. Não deu certo entre nós. Acontece. E você? Ainda solteiro e indo pra lapa se divertir?
Não. Não tenho mais ido. Solteiro ainda continuo, mas não tenho mais saído para boates. Perdeu a graça.
O rapaz vê que o assunto não chegou onde os dois queriam que chegasse e ao pensar no que ia dizer ele é interrompido quando a moça diz:
Eu achei que você fosse me ignorar se me visse na rua. Mesmo até se esbarrasse em mim como esbarrou.
Foi algo do momento. Diante da briga que tivemos eu não pude me controlar. Você sabe que eu não fiz por mal.
Diz o rapaz olhando para o chão falando baixo e sem graça.
Fico feliz que não tenha me ignorado.
O rapaz levanta o seu rosto, a olha nos olhos e diz:
Eu achei que você não fosse mais querer me ver. Nem falar comigo.
A moça sem parecer se abalar diz calmamente:
Eu não faria isso. Não teria como fazer tal coisa.
O rapaz escuta isso deturpadamente. Essas palavras lhe soaram como a frase "eu ainda sinto algo por você ou lembro de você.". Isso o fez por um breve momento ter esperanças.
Por que não?
Pergunta esperançoso.
Porque a gente passou por muita coisa juntos. E eu não poderia esquecer daquela época que passou.
O rapaz não mais sente esperança. Viu que tudo foi um equivoco dele.
Nesse meio tempo a moça olha para seu relógio e vê que agora estava mais atrasada. Ela sentindo-se sem graça do modo que estava não hesita e diz:
Eu tenho que ir. Estou atrasada para a minha pós-graduação. Outro dia nos falamos com mais calma.
Tudo bem. Eu só queria te dizer mais uma coisa.
Diz o rapaz pensando em milhões de coisas ao mesmo tempo para que pudesse dizer a coisa certa para que tivesse certeza que ela ainda o amava.
O que é?
Pergunta a moça com uma esperança que mal lhe cabia no peito.
O rapaz que parecia tão confiante olha para o chão e diz:
Gostei dos seus brincos. Ficam lindos em você.
Imediatamente o rapaz pensa: "que frase idiota." e faz um olhar de decepção.
A garota para um segundo sem reação e depois diz meio sem jeito:
Obrigada. Até mais.
Até.
O rapaz diz ainda olhando para o chão.
Ela se vira e começa a andar e o rapaz continua parado no mesmo lugar. Estático, olhando para uma poça d'água que havia entre a calçada e o asfalto vendo o seu reflexo.
A garota não dá muitos passos até que o rapaz se vire em direção ao caminho para onde estava seguindo, respire fundo e diga uma coisa antes de começar a andar...
"Sinto sua falta."
E ele começa a andar sem olhar para trás. Se segurando para não pensar muito no passado, pois não queria ser afetado pelo mesmo.
Na esquina da rua a moça o olha de canto de olho e diz baixinho:
"Eu também."
E os dois continuam seu caminho apostando no destino para que eles esbarrassem um no outro novamente.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Falar do tempo e esquecer daquele beijo?
Quanto tempo até podermos nos decidir?
Foi-me dito que que "muito" ou "nem tanto".
A decisão vem depois do pranto.
Uma lágrima bem chorada é algo promissor.
Ao menos foi algo que me foi contado.
Mas existem lágrimas com rancor...
Será ela uma de um amor mal amado?
E com dúvidas me deparo.
Respostas que eu procurava eu não as vejo.
Se tenho respostas não reparo.
E tudo volta ao início depois de provar teu beijo.
Então quanto tempo temos aqui?
Não sei a resposta, mas sei o que te dizer.
Não é algo importante de se saber.
O importante é o beijo que dei em ti.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O motivo de falar o que falo.
Não posso argumentar com isso. Coisas que digo e que faço não mostram uma pessoa muito diferente dessa. Um mero boca suja, verbalmente desleixado e meramente fútil. Até parece uma pessoa diferente dessa que escreve aqui, não é?
Eu não acabei de concordar com o que falaram sobre mim. Aquilo anteriormente escrito é meramente respeito ao ponto de vista da pessoa e como eu me senti ao ouvir essa crítica. Somente trato como um ponto de vista diferente do meu. Nem pior e nem melhor. Eu vou tentar explicar o motivo de eu ser tão repetitivo e ao vivo não ser um rapaz tão "exemplar".
Eu antigamente era mais sonhador e mais romântico. Realmente era. Hoje em dia só me vejo sendo assim quando me sinto inspirado, apaixonado ou amando, de fato. Antigamente era assim todos os dias. Via o mundo mais colorido e mais cheio de vida. Não consigo agora fechar meus olhos para as coisas ruins e podres. Uma pena. Não vou dizer que eu não trato mal ninguém, que eu não julgo e que eu pretendo mudar.
Se é algo que não faz bem aos outros eu peço desculpas, mas se é algo que faço, é tendo um bom motivo. Geralmente eu esnobo mulheres arrogantes que passam com uma roupa ridicula de chamativa ou justa e trata o olhar estremamente nojento e com ar de superior como só mais uma peça das suas roupas chamativas. Por que eu faço gracinhas e falo coisas ofensivas? Porque eu quero fazer questão de tentar mostrar para ela que ela é o pedaço de carne que quer ser.
Isso foi só um exemplo. Do quanto eu me importo com as mulheres. Um exemplo claro do motivo de falar tanto delas. É nítido em mim uma curiosidade sem fim por tudo delas. Eu as acho facinantes como pessoas e sempre tento entendê-las. Dizem que é impossível e que nem elas mesmas se entendem. Isso dá um gosto tão melhor para tentar chegar a uma resposta concreta, não acha?
E não é nem entendê-las, em si. É mais um modo de saber me aproximar. Quebrar as barreiras certas e poder realmente tocá-la. Conseguir falar as coisas certas nos momentos certos só para ver um sorriso. Você já conseguiu andar por esse caminho cheio de curvas e conseguiu um sorriso assim? Mesmo que um sorriso tímido, mas sincero? Eu já consegui. Não tem como descrever o quão doce foi aquele sorriso.
O fato de fazer o que faço com as mulheres que eu vejo e que se mostram arrogantes somente com a sua postura, e qualquer outra pessoa normal pode ver nitidamente essa arrogância, é por não conseguir me calar diante de uma beleza singular tão facinante soterrada em tanta maquiagem, em um rosto tão falso e em um olhar vazio, aquele que você sabe que enxerga, mas não vê nada além do que ela quer ver.
Sendo um bobo da corte que diz o que pensa na hora que a pessoa está presente não ligando para o que ela sentirá com as palavras "afiadas" que eu usarei é ruim. Matar uma beleza singular se escondendo atrás de arrogância, falsidade e mentira é algo que todos toleram, pois não querem ou simplesmente não enxergam essa beleza tão singular e tão pura. Engraçado olhar assim, não acha?
Um monstro que valoriza algo que julga tão bonito e só faz o que faz por não aguentar ver essa beleza destruída e uma bela que se cobre com uma capa de sentimentos destrutivos e usa máscaras encardidas de tanta futilidade. Só queria que todas soubessem o que justificou cada palavra que queria machucá-las com a queda de um pedestal tão ridiculo que foi onde elas subiram.
Eu não tenho direito de fazer o que eu faço. Nem elas de fazer o que fazem. Eu tento machucá-las. Elas matam a singularidade que eu acho tão perfeita. Você chama de maldade. Eu chamo de equilíbrio. Elas chamam de "um homem que nunca vai me ter".
No fim tudo volta para o começo depois de ser reciclado pelo tempo. E assim fica indo e voltando nesse ciclo ridículo de um ponto de vista inivisível ou, meramente, inviável.
E desculpe se eu passei a imagem de alguém que pode julgar outra pessoa. Não quero julgar. O(s) motivo(s) que eu tenho para fazer o que faço parecem poucos para você? Dizer que são duas mulheres diferentes, mas que a matriz é a mesma e que para você é uma coisa normal. Toda mulher tem características básicas físicas e sentimentais. Eu não vejo assim. Eu vejo muito mais diferenças que essas. E não venha me dizer com aquela cara sínica que é óbivio que existem. Eu falo de características que ninguém repara. Nem mesmo elas. Um olhar simpes, aquele que é diferente dos olhares que eu já vi. Aquele olhar doce e que te faz sentir aquele calor momentâneo simplesmente com a serenidade do olhar dela cruzar com o seu, conhece? Eu conheço.
Agora você vem me dizer que uma mulher que te olha com desprezo e frieza não mata um olhar desses e denigre uma visão tão bonita de um aspecto tão pouco visado?
É bem capaz que você não concorde com o meu ponto de vista. Eu não esperava que concordasse. Eu só queria mostrar que tenho um. E que ele é valiozo pra mim.
Ah... E quero deixar claro que isso é generalizado e que eu me engano mais do que acerto. Por que continuar fazendo? Uma questão de valores, apenas uma desculpa para tentar fazer algo certo por um caminho errado ou simplesmente eu gosto de fazer quem está perto rir. Você decide qual é o motivo. Eu sei qual é, não preciso te dizer.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Poema para mostrar paixão.
Mas sempre que posso tento,
Voltar a ter esse sentimento,
Levado embora como a areia com o vento.
Não sei como isso consegue me tocar
Nem mesmo entendo como pude te encontrar
Sentindo algo que chamaria de incerto
Me sentindo tão só, mesmo com alguém por perto
Algo que eu quero chamar de "nosso".
Gostaria de dizer, mas não sei se posso,
Não sei se preciso de permissão,
O máximo que consigo é estender a mão.
E agora eu estou te esperando.
Não precisa se pressar...
Estarei aqui, mesmo se estiver demorando.
Te espero até o fim se precisar.
sábado, 31 de outubro de 2009
Verbos que quis usar. (pedir, valorizar e dividir)
Eu queria pedir desculpas se eu já acabei me deixando levar pela raiva e não pensei como as minhas palavras iriam te afetar. Ou até mesmo se a raiva fez com que eu disesse tais palavras justamente para você ficar tão magoado(a) como eu estava naquele momento de pouca lucidez.
Queria me desculpar também se eu acabei te dando esperanças de algo promissor e quando você esperava alguma mudança houve uma reviravolta que eu fiz acontecer e que acabou te magoando. Eu possivelmente não quis que isso acontecesse. Eu acho horrivel dar falsas esperanças para qualquer pessoa. Me sinto muito falso ao fazer isso.
Me perdoe se eu um dia esperei algo vindo de você. Talvez um ato seu tenha feito eu pensar que você "abriria a guarda" a ponto de me dar brechas para fazer de um ato um sentimento. Ou simplesmente algo que eu pudesse investir a ponto de fazer durar mais que breves momentos. Eu meio que tenho essa mania. De fazer tudo que eu faço tentando deixar um pedaço de mim para não cair no esquecimento. Não sei se é um defeito, na verdade. Se você souber essa resposta me diga.
Sinto muito se eu já perdi a paciência com você. Seja num momento que qualquer outro perderia ou em um momento que eu não deveria ter perdido. Eu não sou perfeito. Eu ainda me sinto naquele momento transitório de saber o que fazer e quando fazer. Sei que sou infantil. Eu nunca disse que não era.
Desculpe se eu valorizei algo demais ou de menos que você fez por mim ou me deu e não era bem isso que eu deveria ter feito. Ou que talvez tenha sido somente no momento errado. É como eu disse anteriormente só que não só olhando pelo lado apaixonado da história.
Desculpe se fui um mal amigo, um mal colega, um mal namorado, um mal "ombro amigo", um mal espectador, um mal ouvinte ou um mal sonhador. Me perdoe por promessas que não cumpri, lágrimas que fiz serem derramadas, sorrisos não dados, olhares que retratando sentimentos ruins, palavras amargas e momentos ruins.
Só não esqueça das coisas que fiz, disse, como fiz, como disse, como te toquei, como te abracei, do(os) nosso(os) beijo(os), de como eu sorri de suas piadas e de como você está se sentindo agora lendo. Se nada do que eu disse aqui você sentiu que era para você... que bom. Ou que mal. Só você para me dizer.
O que eu pretendo com essas desculpas? Talvez resolver um mal entendido. Simplesmente esclarecer algo ainda não esclarecido. Até mesmo não servir para nada. Bom... Eu sei que vou dormir mais tranquilo. Lá no fundo eu sei que eu devia desculpas para algumas pessoas. Ou dizer através das desculpas o quanto essa pessoa significa a ponto de eu não me preocupar em quem ou como surgiu o erro. Só queria deixar tudo certo. Porque eu me sinto feliz e gostaria de dividir isso com quem eu gosto.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
1 hora em 1 minuto ou 1 minuto em 1 hora?

Eu escrevi outro dia aqui. Não faz muito tempo. Não pensei que não demoraria muito para que eu tivesse vontade de escrever algo aqui tão cedo. Eu acabei me pegando pensando em algo meio aleatório, mas que definitivamente me fez querer refletir.
Eu fiquei pensando em como as coisas mudam tão rapidamente e outras tão devagar.
Eu parei para pensar em como 10 anos fizeram diferença para tanta coisa e para outras nenhuma. Agora penso em coisas que há 10 anos atrás eu não pensava. Sinto coisas que não sentia e gosto de coisas que não gostava. Mas isso é só falando sobre mim.
A cidade mesmo mudou bastante em 10 anos, a economia continua péssima como sempre, mas mudou algumas coisas, o governo mudou... continua horrivel, mas mudou, por mais que não pareça ter mudado. São mudanças que 10 anos não resolveram nada. Essas sim são bem lentas.
Há 10 anos você talvez nem sonhava. O seu maior sonho era talvez fosse algo infantil e possivelmente impossível. Não é algo que você sonha hoje contando com as possibilidades. Antigamente era um sonho que você via realizado quando fizesse 15 anos. Agora talvez nem com 60 você consiga realizar.
Hoje é um pouco mais moderno que ontem e um pouco menos destruído que amanhã. Amanhã vai ser um dia mais perto de um fim inevitável. É. Eu fui bem pessimista, mas é a unica certeza que nós temos nessa vida tão corrida e tão devagar. A certeza de que um dia isso vai acabar. Pena que não vai começar. Seria bom se começasse tudo de novo e que fosse de um jeito melhor. Mas eu fui pessimista porque com o rumo que nós tomamos em termos de preservação é mais certo que a terra acabe do que que ela dure. Nós só contamos com o tempo sendo devagar nesse ponto.
Isso tudo eu pensei outro dia em quanto estava sentado conversando. Uma conversa amigável com uma pessoa que eu não via há um bom tempo. E eu vou te falar que não era nem de perto essa conversa que eu tive. Foi algo muito mais do presente do que algo que me fizesse pensar desse modo no passado. O que me fez pensar nesses anos que passaram e como passaram foi o fato de eu ter tido uma conversa parecida cerca de um ano atrás com a mesma pessoa. Foi um ano sem ter uma conversa daquelas. Engraçado, não é? Passou esse tempo todo e no fim das contas nem pareceu tanto tempo.
O tempo passa rápido e você nem sente, mas se você tiver feito a pessoa sentir um pouquinho de saudade de você, você faz com que essa pessoa veja o mesmo tempo passar muito mais devagar. Engraçado também que ao fazer eu me lembrar dessa conversa eu acabei "desacelerando". E agora parece que eu estou novamente no presente que era onde eu me sentia ao conversar há um ano.
Uma amizade que eu achei que não teria mais, um rosto que eu não achei que eu fosse ver novamente. Uma conversa que eu achei que se perderia no tempo. Imagina daqui a 10 anos. Se em um foi assim, como será que vai ser em 10?
Eu acho difícil ser a mesma coisa. 10 anos, nesse caso, é algo muito distante para se medir. É uma distância temporal muito longa mesmo. Diferente de algo com uma extimativa.
É muito dificil conseguir conciliar esse pensamento. Algo que parece tão longe parecer tão perto e algo tão perto, tão longe. Tomara que eu não me depare com algo diferente do tempo. que tem essa característica controversa, pois eu não gostaria de, por exemplo, estar tão perto de alguém e, na realidade, estar tão longe.
Depois de pensar em tudo isso eu me dei conta de uma coisa. É esse o motivo que eu não consigo me dar bem com o "tempo". Eu nunca consigo manter o ritmo dele. Nós sempre acabamos sendo um o oposto do outro. Chato é não saber se eu devo encontrar o ritmo do tempo ou o meu próprio.
domingo, 25 de outubro de 2009
Ela pode acabar te acertando também. Cuidado.

Dessa vez eu prometo que não vai ser uma história de mulher. Já tá ficando meio chato isso, não é?
Eu vou contar uma história que me contaram. Eu ri bastante com essa história. Capaz de você já ter ouvido de mim essa mesma história porque sempre eu acabo contando em uma conversa descontraída.
Já tem alguns anos essa história. É uma das históiras que eu acho mais engraçada.
Bom... era um dia normal na escola desse meu amigo. Ele estava tendo as suas aulas de sempre, intervalo e tudo mais. Já era fim de ano. Os professores já tinham acabado a matéria e as provas já tinham passado. Era aquela última semana antes do fim das aulas definitivamente.
Lá pelo 5º tempo de aula todos já estavam só conversando. Aquela balburdia rotineira de um dia "sem aula". Esse meu amigo e mais dois queriam cochilar na sala. Não conseguiam pois as garotas sentadas em frente à mesa do professor estavam falando muito alto e estavam os incomodando. Elas podiam e eles não podiam fazer nada, pois ali não era lugar para dormir.
Aquela coisa, não é? Rapazeada com 16 anos, brincalões e "joselitos". Pensaram rapidamente em como as fazer calar a boca e como rir as custas disso. Meu amigo teve a BRILHANTE idéia de jogar a borracha dele na mesa para fazer barulho para que elas olhassem para trás e perguntassem o motivo dele jogar. Ele diria que foi para matar um inseto enorme que estava na sala.
O plano estava pronto. A execução foi feita. Pena que não saiu como ele esperava.
A borracha não caiu na mesa. Quando foi lançada ela não tomou o curso certo e acabou indo em direção à uma das garotas que estava se levantando. Sim, a borracha a atingiu em cheio. Bem no topo de sua cabeça. Não pense que era uma simples borracha... usada, pequena e leve. Não. Era uma borracha maior do que as comuns e nova em folha.
Não é difícil imaginar o quão irada ela ficou. Depois meu amigo me disse que ela ainda estava com um pouco de dor de cabeça naquele dia. Deve ter doído um pouco mais que o normal. Sérá?
Bom... depois de ser atingida ela se virou com a borracha na mão e perguntou para o meu amigo quem tinha sido o ilustre lançador. Meu amigo pensou em como sairia daquela situação sem saber o que faria. Nesse momento ele vê que o seu amigo ao lado está com a cabeça abaixada na mesa com o braço cobrindo o rosto morrendo de rir. Eis que ele aponta para esse amigo respondendo à garota atingida. Esse sim é o que eu chamo de "sr. fanfarrão". Tem que ser muito, desculpe o palavriado, babaca, para fazer isso.
A garota com a borracha na mão a atira em direção dele e o atinge no peito. O amigo atingido se revolta, levanta da mesa completamente fora de si, derruba a mesa no chão aos berros e joga NOVAMENTE a borracha na garota a atingindo nas costas na linha da cintura.
Dá pra perceber que essa borracha gostou mesmo daquela garota, não é? Brincadeira...
A garota fica em um canto da sala chorando e do outro o rapaz com a face bem vermelha de raiva reclamando e querendo saber o motivo dela tê-lo acertado. Nisso estão o meu amigo e outro amigo dele rindo no chão. Rindo tanto que lágrimas escorriam de seus olhos. Rindo a ponto de perder o ar. Entente por que eu o chamei, desculpe novamente, de babaca?
No fim das contas os três foram levados para a cordenação, levaram uma advertência e depois voltaram a ser amigos. Um final feliz depois de tanto "sangue" derramado.
Mas me diz você... Não é engraçado? Eu concordo... é sim. E muito.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Algo que salvou aquela noite.
Eu soube de uma festa e acabei indo com um amigo. O irmão dele também foi chamado para essa festa, mas ele não quis ir.
Chegando na festa eu vi de cara que não seria algo bom... meu amigo também viu. Ele passou a noite se desculpando por ter falado para eu ir na festa. Foi engraçado. Era a namorada dele de um lado querendo dançar, a amiga dela que foi conosco dançando junto de nós e ele do outro lado me pedindo desculpas e fazendo cara de quem estava entediado.
A amizade nessas horas que ganha significado. Os dois querendo sair de lá e fazer algo legal, mas suportando juntos porque as garotas que foram conosco queriam dançar.
Já deu pra ver que nada na festa salvou, mas se foi assim, por que falar desse dia tão chato? Eu vou contar...
Todo mundo já se deparou com um dia onde planejou ou ao menos fez idéia de como seria o dia(no caso a noitada) e no fim das contas não ser nada parecido, mas algo salvar aquele dia.
Depois da festa eu fui para a casa desse amigo. A namorada e a amiga dela foram também. Eu me grudei ao violão para tentar esquecer daquela noite ruim e fiquei esperando a preguiça passar para ir para casa. Eu acabei indo levar a namorada dele e a amiga dela em casa. Nada de mais. Uma caminhada, uma despedida e voltamos para a casa dele.
Chegando lá eu quis pegar o embalo e ir embora logo. Falei isso para o irmão dele e me despedi do resto da familia dele, peguei minhas coisas e o irmão dele me levou até a porta. Conversamos um pouco e eu fui embora andando.
Não muito longe da casa dele eu me dei conta de que tinha esquecido a chave e estava pensando como entrar em casa sem ter que acordar todo mundo. Do nada escuto o meu amigo que tinha me levado até a porta gritar o meu nome. Ele veio correndo me entregar a chave. Eu peguei a chave, agradeci e dei-lhe um abraço de despedida.
Nada de mais. Um ato bobo. Algo que eu faria por ele e por qualquer outro amigo. A diferença é que eu não faria com qualquer um e acho que com ele não seria diferente.
Noitada ruim, sem beijo, sem bebida e sem diversão. Só um ato bobo no fim da noite que me fez ver que eu tenho amizades verdadeira. Depois de pensar nisso a noite já não pareceu tão ruim porque eu sei que noites como essa vão e vem... Uma amizade é bem mais que isso. Ela dura.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Mudou?
Minha mãe vivia dizendo que eu ia morrer de saudade da minha escola. Eu morro de saudade sim, mas do tempo de escola. Nada de preocupações e obrigações. Lá o que eu tinha a fazer era estudar quando tinha prova e passar de ano. Ridiculamente simples comparado a hoje.
Antigamente eu era mais ingênuo do que sou, menos motivado, mais tímido e mais apaixonado. Coisas ruins mudaram para melhores. Pena que algumas coisas boas também mudaram, mas não necessariamente para melhores.
Essa paixão que eu acabei descobrindo por acaso agora parece cada vez mais distante. Estranho pensar depois de tanto tempo que o problema não era comigo. Na verdade nunca foi. O problema era com a minha idade. Eu era muito velho para as garotas por quem me apaixonei. Eu nunca conseguia entendê-las por esse motivo. Com algumas consegui lidar melhor, com outras não. Algumas se tornaram parte de mim, outras são só outras.
Eu agora me vejo envelhecendo e fico pensando se as coisas melhoraram ou pioraram. Definitivamente pioraram. Trocar toda aquela brincadeira e nenhuma procupação por um bando de obrigações e sentimentos complicados e até destrutivos? Só um idiota para dizer que foi uma troca justa.
Eu sinto falta da simplicidade. De alguém que cuidava das coisas para mim. De alguém que eu soubesse que iria me dar carinho quando eu estivesse triste. Só algumas coisas que eu agora tenho que procurar numa namorada.
Agora é torcer para me apaixonar por alguma mulher que saiba o que quer da vida. Eu sei que agora eu tenho obrigações e compromissos. Ela também tem que ter.
sábado, 3 de outubro de 2009
Não tem como não ser importante.
Eu não vou ficar enrrolando. A noite foi muito boa e longa.
Já fazia um tempo que eu não tinha uma noitada dessas. Não tanto tempo quanto pareceu com essas palavras. Cerca de 1, 2 meses. O engraçado é pensar que a ultima noitada dessas foi em uma festa que eu detestei. Pareceu que foi mais pelo lugar que pela festa. O motivo de falar isso é que a festa anterior a essa que eu achei ruim e essa ultima foram no mesmo lugar. A única diferença é que as festas eram com "temas" diferentes e esses temas fizeram ser festas extremamente diferentes.
Não vou ser hipócrita e dizer que eu fui com intenção de dançar, siquer beber para alguma dessas festas. Eu fui para conseguir um beijo na boca. O clima da festa é basicamente esse, de fato. E nas duas festas nesse mesmo lugar eu beijei mais de uma mulher. Não foi a primeira mulher que me beijou que me fez querer parar e ficar com ela o resto da festa.
Pode parecer que eu era um açougueiro e só conseguia ver na minha frente pedaços de carne. Na realidade não era. Nessas festas eu sempre acabo "casado". Não consigo esquecer o princípio de apenas querer me sentir acompanhado, pois me sentir só capaz de conseguir um beijo é simplesmente ter um dinheiro no bolso e fé de não pegar nenhuma doença pelo beijo.
Conseguir fazer uma mulher em uma festa se prender a você tendo tantos outros em volta? Eu acho que é uma conquista muito mais valiosa do que conseguir um monte de bocas.
Mas conseguir isso em uma noitada em que até as mulheres pensam em quantidade ao em vez de qualidade é meio complicado. Conseguir fazer com elas vejam por esse ângulo é bem difícil. Não vou dizer que eu consigo sempre e talvez nem todas as vezes que acho que consegui, mas eu me contendo se ao menos ela se lembrar do meu nome, porque comigo é simples... se eu achar que valeu a pena eu vou lembrar de muito mais que um simples nome e uma simples noite.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Muitos clichês para uma conversa?
-É, rapaz... A gente terminou de vez mesmo. Não tem volta. E eu que fiquei na fossa.
-E por que teve que ser assim, tão de repente?
-Também não entendi, só sei que terminou.
-Mas me conta essa história desde o começo que eu quero ver se entendo.
-Bom, foi mais ou menos assim: O nosso namoro começou do nada, sabe? Parecia aquela coisa de filme onde nada é por acaso. E dali pra frente só parecia melhorar. A gente se desentendia uma vez ou outra, mas nada que não desse pra remediar. Ela dizia que precisava de um tempo só dela e a gente acabava voltando um tempo depois.
-Então vocês terminaram mais de uma vez?
-Teoricamente sim, mas era só algo temporário. Ela disse que nunca teve olhos pra outro quando estávamos "juntos", mesmo que "separados".
-Queria ter tido um dia uma mulher assim. Fiel.
Há uma pausa e os dois se olham com aquele olhar machista e irônico pensando exatamente a mesma coisa. Que não existia tal mulher.
-Mas então, eis que um dia a gente se desentendeu feio e começamos a brigar. Ela disse que a gente tinha que dar um jeito. Teve um momento que ela disse que seria capaz que o término fosse melhor pra nós dois.
Essa frase eu achei péssima e quase disse que se fosse só melhor pra mim eu estaria satisfeito já que iria acabar mesmo, mas acabei não dizendo porque a situação não era das melhores para uma piadinha.
-Uma coisa que ela sempre dizia que me deixava assim sem poder dizer o que eu queria era quando a gente chegava na casa dela quando você chamava e ela falava: "não repara na bagunça". A vontade de falar: "relaxa, quem vai viver nesse chiqueiro é você mesmo...". Ou no meu aniversário quando ela me deu um presente e disse "é só uma lembrancinha". Acabava com o momento imediatamente.
-Essas coisas que ela dizia eram realmente revoltantes. Quebrava um clima legal com a maior facilidade, mas era algo que apaixonado eu nem notava. Memo agora não vejo isso com maus olhos.
Mas deixa eu continuar...Ela veio me pedindo ajuda para resolver aqueles problemas que nós estávamos tendo. Eu sugeri milhoes de coisas de diversos tipos diferentes. Não só coisas boas, como também coisas ruins. No final das contas ela disse que o melhor era se fazer era a primeira coisa que eu disse no início da conversa.
Aquela conversa clichê que todo casal já teve pela namorada estar em duvida sobre algo óbvio.
Ao ouvir isso o outro amigo espera um segundo com uma cara de revolta, dá um gole na sua cerveja e diz:
-Nossa, cara! Já entendi porque deu nisso. Porque ela não queria um namorado que batesse nela, não é?
Depois dessa pergunta bem humorada os dois passam um tempo rindo. Até o amigo que contava a história dizer:
- Espera eu chegar no final que você vai acabar saindo daqui e indo na casa dela fazer isso... Eu não entendi bem o motivo dela fazer isso, mas parece que é algo de mulher. A maioria tem isso. Não entendo...
-Espera aí!
O outro interrompe.
-O que você disse para ela que foi a sugestão que ela seguiu? Aquela que foi a primeira que você sugeriu.
-Aí é que está. Não foi bem uma sugestão. Quando falei a primeira frase da conversa ela tinha se decidido e depois de horas falando com ela e dando alternativas ela seguiu logo a que não era alternativa.
-E qual foi?
-Foi só eu dizer "não é você, sou eu". Pareceu que ao assumir a responsabilidade por aquele certo problema fez ela se revoltar e acabar com tudo.
Mas eu to bem apesar de com saudade. Eu sei que nao fui o primeiro na vida dela, mas parece que fui sabe? É como ganhar uma medalha de prata ou bronze, mas parecer carregar uma de ouro.
-Ao menos você está vendo isso pelo ângulo do copo cheio. Queria ter visto hoje o copo cheio quando fui para a praia e choveu. Fiquei revoltado. Não teve como olhar pelo lado bom.
-Eu tenho que ser otimista nesas horas. E falando em otimismo... por que você não tenta ir para a praia amanhã? Pode não chover.
-Talvez eu vá, mas não sei se o tempo estará bom. Olha o céu.
Os dois olham para o céu e o amigo diz:
-É, meu chapa. Parece que vai chover.
O outro olha para ele e diz:
-Que frase clichê!
Os amigos se olham dão risadas e voltam a conversar.
A noite segue, os copos são enchidos e esvaziados, os amigos se despedem e voltam para casa. Um menos triste com ajuda do outro amigo e do álcool e o outro mais feliz por ajuda do amigo e do álcool.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Um valor que eu sei medir.
Algumas pessoas não se conformam em ter poucos amigos. Nunca parece que a festa está grande o suficiente e quando essa pessoa junta essa galera enorme que denomina "amigos" e esse pessoal já não cabe em um mesmo lugar por haver uma superlotação o problema não é a quantidade de pessoas nesse lugar que agora é apertado e sim o lugar. Entende onde eu quero chegar? Acaba não sendo suficiente nunca.
É de fato uma sociedade consumista esta onde vivemos, não há como negar isso. Todos adoram gastar e gastar. Nunca é demais ter um casaco aonde faz calor e uma camisa regata onde neva. Não há fronteiras para esse consumismo irracional.
Do mesmo modo que as pessoas fazem isso com roupas, há quem faça com amizades e também com amores. Eu acho estranho ver de um ângulo onde amizades e amores são tratados como tão pouco e sendo, no final das contas, descartável.
Não sei se é por meio da sociedade que nós acabamos regredindo e não mais nos apegamos às amizades e amores. Talvez seja a simples influência dessa vida de consumo desenfreado que deixa tudo descartável ou a facilidade das coisas hoje em dia.
Eu não trataria um amor ou uma amizade dando tão pouco valor e significado. Não me importaria se fosse algo de segunda mão, que viesse com defeitos e arranhões, que eu não gostasse no começo, mas que eu conseguisse manter a idéia de que com o costume seria diferente. Nada disso faria o seu valor ser diminuido ou menosprezado.
Espero somente não acabar perdendo isso com o tempo por qualquer motivo. Eu sei que eu ainda vou me enganar e me equivocar, mas tomara que não seja nada que me faça esquecer desse valor que essas duas palavras remetem ao meu pensamento.
Amizade e amor. Alguém com quem eu sempre posso contar e que sempre poderá contar comigo e alguém que me faz sonhar acordado e que sempre me fará sentir saudade quando não estiver ao alcance de ouvir um "te amo" por eu achar que a distância já é grande demais.
Se você acha que não deveria ser assim eu te pergunto uma coisa.
Você acha que isso é supervalorizar algo tão importante? Se você tiver alguma resposta você não entendeu a pergunta retórica que eu acabei de fazer.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Poucos segundos fazem toda a diferença.
Poucas coisas variam nos meus dias. As que são mais incomuns acabam me motivando a escrever. Um dia que eu vou para um lugar diferente, vejo algo que eu não conhecia, aprendo algo... Acontece algo de "novo" no meu dia. O estranho é que dessa vez eu não me vi num dia tão diferente assim dos dias rotineiros e monotonos. Foi um dia como outro qualquer.
Acordei atrasado, almocei um almoço que já tinha comido varias vezes, vesti minhas roupas de sempre e saí de casa seguindo o mesmo caminho que eu sempre faço no decorrer da semana. Normal.
Eu a cada passo só pensava como era quando eu era pequeno. Eram aqueles pensamentos aleatórios que se tem ao andar sozinho na rua sem ter fones nos ouvidos com uma música que te agrade. Não esperava que nada me atingisse do modo que atingiu.
Eu estava preocupado em atravessar uma das ruas para poder seguir no meu trajeto e ao atravesá-la me deparei novamente com meus pensamentos aleatórios por um breve momento. Não tinha como pensar em muito mais coisa depois de ter reparado quem vinha na minha direção.
Sabe aquele dia que você acorda e acha que vai ser só mais um dia? Você torce para não ser e para você acabar chegando em casa feliz por algo bom ter acontecido. Não foi bem um dia assim.
Eu acabara de vê-la... ela que foi uma das poucas que me fez querer esquecer de tudo para só poder dar atenção e carinho para ela. Uma das poucas que me fez sentir mais do que um simples sentimento. Ela me fez, de fato, sentir algo.
Dessa vez não foi algo que eu gostei de sentir. Ela vinha na minha direção, mas não por algo que eu pudesse saber. A unica certeza que eu tive é que não era por minha causa, já que ela estava de mãos dadas com um rapaz. E não venha tentar me dar esperanças pensando que eram só amigos. Os dedos entrelaçados e os olhares apaixonados. Algo que nós tivemos e que naquele momento eu vi que morreu.
Parece que esse momento que eu detestei tanto durou uma eternidade. Que eu acabei assistindo por um grande periodo de tempo essa cena. Na realidade não durou mais do que 10 segundos. 10 segundos... Dez. Um periodo de tempo ridiculo comparado a se quer um minuto. E só nesse curto intervalo o meu dia se tornou ruim.
Eu que nunca tinha sentido um ciume de algo que eu não pudesse chamar de meu, de algo que eu depois nem soube se tive. A minha mente se tornou um campo minado enquanto eu pensava cada vez mais em motivos para achar defeitos nela. E eu achei muitos. O ciume me ajudou bastante... Ele soube fazer o seu trabalho.
O estranho é saber que na realidade ela não fez nada e que o vilão da história acabou sendo eu mesmo por não conseguir entender a felicidade dela e de me sentir só mais um depois de ter me sentido um só. É somente uma questão de tristeza. O ciumes veio junto dela e o que eu fiz para piorar foi me deixar levar por ele. Ela merece ser feliz e eu não posso me intrometer, mas não me trate mais com o carinho que você tratava. Em 10 segundos eu vi que agora é ele quem merece.
Estranho me sentir trocado sendo que nem mesmo haveria o que se trocar, uma vez que não existe um "nós". Mas ao menos eu achava que existia "eu" e "você". 10 segundos fizeram dessa esperança uma saudade... Saudade de algo que eu não sei mais se quero que volte.
domingo, 13 de setembro de 2009
Apenas humano.
Muitas vezes coisas assim são ditas e nós não paramos para escutar. Na maioria delas escutamos, mas levamos tanto tempo digerindo que quando finalmente seguimos aquele concelho espetacular, achamos que nós mesmos chegamos àquela conclusão estupenda.
Eu queria ser alguém que sempre soubesse o que dizer e como dizer. Não viver em situações paralelas que requerem um comportamento diferenciado. Gostaria de ser sempre como eu sou aqui. Falo o que quero do meu jeito.
Parece que sempre que alguém se mostra mais humano é uma mera mentira, novamente. Mais uma máscara colocada num rosto repleto das mesmas. A pessoa que te olha agora por esse ângulo pensa ver uma nova pessoa. De fato vê, mas não acredita estar vendo. Vendo uma pessoa que tem medos, que um dia já chorou e ainda vai chorar, alguém com defeitos e que é tão de carne e osso quanto ela mesma.
Gostaria de sempre poder ser assim com quem eu gosto e respeito, mas não é possível. Não há como me manter tão sentimental em todas as situações. Um dia apaixonado eu talvez possa pelomenos com uma pessoa. Essa pessoa se me fizesse sentir uma paixão que me trouxesse segurança me veria sem nenhuma máscara. Somente como eu descrevo aqui. Humano... nada mais, nada menos.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Posso te ligar?
Se eu acordasse um deles porque eu queria conversar algo sem importancia no ponto de visa deles, eu estaria errado. Todos dão a liberdade que se necessário, a procura possa ser feita, mas às 3 horas da manhã só porque eu fiquei inspirado? Não.
Parece até que eu só posso ligar para eles no horário comercial. Engraçado isso. É uma liberdade dada que no final das contas só foi uma imagem criada para parecer legal e ser, de fato, amigável.
Mas não vamos tratar com insensibilidade... Não se trata disso. A questão toda é compreensão. Eu não posso esperar nada de outra pessoa em questão de pouco ou nenhum sono, sem cansaço e coisas do gênero não sendo ele(a). Existem limites.
Mas se não existissem seria tudo bem diferente. Ao menos às 3 horas da manhã eu poderia ligar pra qualquer amigo(a) sem me preocupar em ouvir reclamações do outro lado da linha.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Um dia que eu vi passar.
Eu não tenho andado pensando em muitas coisas ultimamente, na verdade eu tenho só pensado em tentar ver o tempo passar e deixar os dias me levarem. Os dias têm passado... alguns eu vejo passar outros não.
Ultimamente tem sido difícil ver um dia passar e lembrar dele por algo que marcou. Um desses dias que passou me fez pensar bastante. Não foi um dia que eu poderia chamar totalmente de comum e normal, porque eu saí um pouco do meu normal. A velha história do "jardim do vizinho que parece mais verde".
Foi uma noite engraçada. Uma noite que fez eu perceber uma fraqueza que muitos têm e eu também tenho, mas que não me fez sentir menor ou maior que ninguém.
No fim das contas não foi a fraqueza que me fez pensar. Foi que mesmo fraco eu consegui de um modo repentino um beijo. Pois é... Numa noite que uma das poucas coisas que transitavam na minha cabeça acabariam nisso. E foi um beijo que me surpreendeu.
Não foi bem um beijo que eu esperei que seria. Não senti paixão, não me senti menos fraco ou menos abatido. Na verdade eu não senti nada... só vontade de me viciar mais naquele beijo.
É capaz dos lábios dela nem mesmo tocarem novamente os meus. É algo que eu vou acabar esquecendo com o tempo. De uma questão de oportunidade capaz que acabe numa questão de tempo.
Não vou mentir e dizer que foi um beijo que eu lutei muito para conseguir. Não foi, na verdade. Foi um beijo que eu chamaria de simples. Eu disse que queria e ela me deu... bom, eu não esperava por isso.
Muitos pensam que o que vem fácil vai fácil. Eu prefiro pensar que tudo que aparece de repente faz uma diferença maior, porque só nos surpreendemos quando menos esperamos.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Calmaria depois da tempestade?
O engraçado é que não aparecem simplesmente por aparecer. Eu que acabo os trazendo de volta pra esse lugar, tornando-os "circulares". Acaba sempre do mesmo modo, sem respostas, mas agora isso tem mudado, eu tenho conseguido lidar com isso.
Já não penso nas mil coisas que poderiam ter sido e nas que poderão ser. Tento me manter em um agora só meu. Essa visão individualista que eu sei que acaba com qualquer um parece se tornar cada vez mais forte em mim em momentos em que eu tento pensar em mim.
Se torna meio cansativo ver algumas tempestades bobas se comparando à aquelas que são tão obscuras e fortes. No final de todas elas parece que é sempre a mesma coisa, um sentimento de calma e de segurança repleto de um vazio inexplicável.
Talvez seja só mais um momento de transição. A vida deve ser feita desses momentos, de fato... e eu ainda preciso aprender a enfrentá-los, mas aí só com o tempo.
domingo, 6 de setembro de 2009
Não espere nada de mais.
Não é uma questão de eu esperar dar a sorte ou o destino trazer. Caguei pra isso. É só pra que se a pessoa ler talvez ela veja que não é só ela assim. É meio dificil conseguir achar alguém assim hoje em dia. Principalmente quando não se acha dentro do grupo de amigos.
Não espere nenhum pedido, não espere eu falar o seu nome por mais que eu escreva algo sobre você. Não vou escrever nada meloso, no máximo apaixonado, mas vai demorar pra isso aparecer por aqui.
E eu já não tenho muito o que falar, eu acabei de acordar e a inspiração só vem quando eu to quase dormindo.